Estudos mostram benefício dos exercícios para portadores de doenças respiratórias
A prática de exercícios físicos é a maneira mais eficiente de reduzir os sintomas da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que não tem cura, e é causada principalmente por cigarro e poluição. A conclusão foi pelo professor Celso Ricardo Fernandes Carvalho, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), e pela professora Dina Brooks, da Universidade de Toronto.
Além disso, educação e assistência psicológica também ajudam a amenizar os problemas causados por ela, como ansiedade e depressão.
Apesar disso, a porcentagem de canadenses que se submetem a esses tratamentos ainda é muito pequena, segundo Brooks: 1,2% dos enfermos. Em 1999, era ainda menor, apenas 0,5%. A DPOC atinge um em cada cinco fumantes canadenses e a quarta maior causa de mortes no país.
Noventa por cento dos pacientes com DPOC também sofrem de asma. Segundo os estudiosos, a constrição brônquica provocada pela asma costuma aumentar durante ou logo após a prática de exercícios físicos, o que leva muitos enfermos a pararem de se exercitar.
No entanto, de acordo com Carvalho, isso aumenta o risco de obesidade e sobrepeso entre os asmáticos, o que piora não só a saúde dos pacientes, como o próprio agravamento da asma, pois quanto mais aptos fisicamente eles estiverem, menores e menos frequentes os sintomas.
As pesquisas realizadas na área também revelam que quanto mais grave for a constrição, maior é a recuperação do paciente que se trata com terapia física. Uma pesquisa de 2011, citada por Carvalho e Brooks, mostrou que os sintomas de asma foram reduzidos em pacientes que praticaram atividades físicas.
Embora já se saiba que exercícios aeróbicos, como caminhada e bicicleta, e fortalecimento muscular são muito eficientes, Carvalho e Brooks dizem que ainda é necessário pesquisar mais para saber exatamente quais tipos de exercícios podem ser mais produtivos.
(Com Agência Fapesp)
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