Já são 50 os bebês contaminados pelo bacilo da tuberculose em maternidade de Campinas (SP)
Subiu para 50 o número de bebês infectados pelo bacilo da tuberculose no Hospital e Maternidade Madre Theodora, em Campinas (a 93 km de São Paulo). A contaminação se deu por uma técnica de enfermagem que trabalhava na maternidade no primeiro semestre deste ano sem saber que estava com a doença. Ela foi afastada para se tratar.
De acordo com o Departamento da Vigilância em Saúde (Devisa), da Secretaria Municiapl da Saúde, das 1.300 crianças nascidas entre janeiro e junho no hospital, 344 já passaram por exames.
Dessas, além dos três casos que deram início às investigações, outros 10 confirmaram a tuberculose, 34 são casos latentes - quando a pessoa contraiu o bacilo de Koch, mas ele não se desenvolveu - e três ainda passam por investigação. As outras 297 crianças não foram contaminadas.
Segundo Maria Alice Satto, coordenadora do Programa de Tuberculose do Devisa, a situação não é alarmante, uma vez que a maior parte dos casos é latente e as crianças não apresentam risco de transmitir a doença.
“É preciso deixar claro para as pessoas que não há risco de contaminação. A criança não tem poder para infectar outra pessoa, pois a tosse ocorre em grau menor e há pouco bacilo, principalmente em menores de 10 anos”, explicou a coordenadora.
As crianças que não apresentaram infecção receberam uma carta que explica os procedimentos realizados aos seus pediatras. A recomendação é que elas sejam acompanhadas até os dois anos de idade.
Os casos confirmados estão sendo tratados durante seis meses com a administração de três tipos de antibióticos. O tratamento é feito pela rede pública. Os casos latentes são tratados com um antibiótico por um período de seis meses. O remédio está sendo fornecido pelo Madre Theodora.
Os três pacientes que estão com diagnóstico impreciso deverão passar por novos exames de raio-X e Derivado de Proteína Purificada (PPD), porque ainda não está afastado o risco de desenvolverem a tuberculose.
Entenda o caso
O surto foi identificado pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Campinas em agosto, quando os três bebês nascidos na unidade de saúde em fevereiro e maio deste ano, além da funcionária do hospital, foram diagnosticadas com a doença em abril e agosto deste ano.
Por isso, as 1.300 crianças nascidas entre janeiro e junho de 2012 começaram a passar por exames em 24 de setembro. A Vigilância e o Hospital estão priorizando os 354 bebês que tiveram algum tipo de contato com a funcionária. Os pais estão sendo convocados por carta. Depois que essas 354 crianças forem avaliadas, o restante do grupo será chamado para realizar os exames.
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