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Maca que deixa usuário de ponta-cabeça ajuda a aliviar dores nas costas

A maca de inversão ajuda a alongar a musculatura, reduzir o estresse e melhorar a circulação sanguínea Imagem: Divulgação/Trielo

Cármen Guaresemin

Do UOL, em São Paulo

28/08/2013 07h00

Ficar de cabeça para baixo por alguns minutos alivia a pressão exercida pela gravidade sobre a coluna vertebral, o que é útil para quem sofre de dores nas costas. É a partir desse conceito que nasceu a terapia de inversão, uma técnica que antigamente contava com máquinas grandes e sofisticadas, e hoje é feita em macas dobráveis, que quase não ocupam espaço.

Especialistas têm usado as macas de inversão não só para diminuir dores, mas alongar a musculatura, reduzir o estresse e melhorar a circulação sanguínea.  O equipamento pode ser utilizado em academias, clínicas de fisioterapia e até mesmo em casa.  Entre os adeptos, há  quem queira apenas ganhar qualidade de vida e prevenir futuros males, além de atletas que desejam aumentar o desempenho e reduzir dores após os treinos.

O fisioterapeuta Adriano Adolfo Aguiar, pós-graduado em Biomecânica e Fisiologia do Exercício pelo Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas, utiliza as macas em sua clínica. Ele conta que, hoje em dia, tratar a coluna é algo complicado, pois há vários fatores que podem causar dores. “A maca de inversão é pequena e barata (custa de R$ 2.000 a 3.000) e proporciona o mesmo efeito da mesa”, diz.

Aguiar comenta que o equipamento proporciona a tração natural do corpo, alinhando e alimentando as vértebras, evitando patologias futuras, como hérnias de discos. Além disso, ajuda a relaxar. “Ela faz uma inversão extremamente natural; a gravidade trabalha sozinha e pode ser usada como forma de tratamento ou prevenção.”

Segundo o fisioterapeuta, as macas de inversão curam oito em cada dez pessoas que precisariam passar por cirurgia. “O tempo que a pessoa gasta indo ao banheiro pegar um analgésico para cortar a dor poderia ser gasto na maca de inversão”. O efeito, ele garante, seria o mesmo.

Ele acrescenta que é muito comum esportistas também utilizarem a técnica: “Os jogadores de basquetebol da NBA, nos intervalos das partidas, fazem a inversão. Isso aumenta em 15% a capacidade de raciocínio”. Para Aguiar, qualquer pessoa, desde que bem orientada por um profissional, pode utilizar a maca sozinha.


Acompanhamento

O ortopedista Mauro Martinelli, formado pela Santa Casa de São Paulo e médico do esporte da clínica Vivid, é mais comedido: “Na literatura médica não há nada que comprove que este tratamento seja melhor que outros como quiropraxia, acupuntura e RPG, por exemplo. É uma terapia a mais para quem sente dores nas costas; vejo com bons olhos, mas como um algo a mais ao tratamento convencional.”

Ele lembra que a prática pode ser benéfica em alguns casos e é uma boa alternativa, mas com acompanhamento de um profissional da saúde. E alerta: “Imagine uma pessoa fazendo isso em casa, sozinha, travando a coluna ou tendo um problema de pressão? Quem irá ajudá-la?”

Martinelli também chama a atenção para situações de risco, como casos de artrose ou hérnia de disco, que podem até ter uma piora. “A maca não pode ser vendida como a resolução do problema, porque ela melhora, mas não trata a causa da dor”.

Segundo a Trielo, empresa que comercializa as macas, o uso do aparelho precisa de supervisão médica em casos de AVC, hipertensão, gravidez ou fragilidade óssea. Aguiar acrescenta à lista glaucoma, casos de pré-operatório e de obesidade.

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