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Ministro diz que grupo com diplomas falsos planejava entrar no Mais Médicos

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

18/10/2013 18h58Atualizada em 18/10/2013 20h00

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta sexta-feira (18) que não há provas de que os 41 profissionais com diplomas falsos de medicina identificados em operação da Polícia Federal tenham ingressado no programa Mais Médicos.

  • Arte UOL

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No entanto, ele afirmou que o grupo planejava obter a revalidação do diploma por meio de um exame próprio da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso) e, caso não conseguisse, tentaria entrar no programa Mais Médicos por meio de ordem judicial. De acordo com o ministro, o caso continuará sendo investigado.

“O que está muito claro até o momento é que era uma situação que visava fraudar o Revalida [ele se referia ao exame próprio da UFMT] e, caso não se conseguisse, seguiria a linha de tentar uma ordem judicial para ingressar no Mais Médicos. Eu não tenho notícia de nenhuma ordem judicial que possa ter levado alguém a ingressar no Mais Médicos”, afirmou em entrevista coletiva em Brasília.

De acordo com o ministro, o uso de diplomas falsos para serem revalidados será alvo de apuração. “É claro que isso será objeto de investigação para verificar se alguém conseguiu pelo Revalida obter o CRM [registro no Conselho Regional de Medicina] e aí, então, poderia exercer a medicina em qualquer canto do território nacional e aí pode ter ingressado num concurso público e em programas, inclusive no Mais Médicos.”

 

Cardozo não deu um prazo de quando a apuração será concluída.

O ministro acrescentou ainda que não vê possibilidade de haver conflito entre o programa Mais Médicos e a operação da PF realizada hoje para apreender diplomas e documentos.

Dos 41 médicos identificados, todos eram brasileiros. A polícia foi acionada pela UFMT, que desconfiou dos diplomas apresentados. Os documentos eram de três universidades da Bolívia, mas as instituições informaram que eles nunca foram seus alunos.