Ranking elege os vegetais mais nutritivos; especialistas contestam

Comer frutas, verduras e legumes todos os dias é uma prática saudável e recomendada pelos médicos. Mas quais são os melhores vegetais para o consumo? E como aproveitar melhor os benefícios que eles têm a oferecer?

Para responder a esta dúvida, uma pesquisa da Universidade William Paterson, em Nova Jersey (EUA), classificou os vegetais por meio dos nutrientes que eles contêm. Os alimentos foram identificados pelo seu teor de fibra, potássio, proteínas, cálcio, ácido fólico e vitaminas.

O vegetal que ocupa o topo da lista é o agrião, que possui nutrientes como vitamina C, vitamina K, cálcio e potássio. Ele também contém proteínas, fibras, carboidratos e lipídios.  Em uma pontuação de 0 a 100, a verdura conseguiu a nota máxima, seguido pela couve chinesa (91.99), pela acelga (89.27), por folhas de beterraba (87.08), pelo espinafre (86,43) e pela chicória (73,36).

Para o nutricionista esportivo Ricardo Zanuto, doutor e mestre em Fisiologia Humana e Biofísica pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP, o estudo não permite uma comparação correta entre os alimentos. Segundo o especialista, a pesquisa avalia alimentos com diferenças significativas de macro nutrientes, deixando os alimentos menos calóricos e menos pesados no topo, em contrapartida, os mais calóricos e mais pesados ficaram na parte inferior. “O estudo deveria ter apresentado uma tabela para cada tipo de alimento legumes, frutas e verduras”, avalia.

O nutricionista acredita que o artigo pode servir de base para um estudo mais detalhado que apresente os nutrientes presentes em cada alimento, favorecendo uma comparação entre eles, e auxiliando nas combinações entre os alimentos.“As opções apresentadas no estudo são muito boas no aspecto nutricional, mas dependendo do objetivo a ser alcançado como emagrecimento, aumento da massa magra, alguns deles não são os ideais”, afirma o nutricionista.

“As recomendações nutricionais e os benefícios do consumo de frutas, verduras e legumes são acessíveis à população, mas o desafio está na inclusão destes alimentos na rotina alimentar da vida moderna”, é o que acredita a nutricionista Inari Ciccone, consultora da Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e Para Fins Especiais). Ciccone explica que o estudo pode produzir melhor efeito quando a pessoa já aderiu ao tratamento da educação nutricional.