Instituto Butantan se prepara para estudar vacina contra o zika vírus
Nesta sexta-feira (11), o Instituto Butantan comunicou que se prepara para dar início a estudos para uma vacina contra o vírus zika. A informação foi dada durante entrevista para anunciar que uma vacina contra a dengue entra em sua fase final de testes. Como a dengue, o zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e foi relacionado a casos de microcefalia em bebês.
A instituição prepara um protocolo para a pesquisa, que deve passar por conselhos de ética e análise técnica e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que se possa dar início aos estudos. O processo de desenvolvimento de uma vacina, no entanto, demora anos.
"Temos que ter responsabilidade com o assunto. Pesquisa científica é um caminho aberto, o protocolo pode ser bem-sucedido ou não. Mas o Butantan já prepara um protocolo para buscar vacina tanto para o zika como para o chikungunya (outra das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti), até pela experiência na busca pela vacina contra a dengue”, explicou David Uip, secretário estadual de saúde do Estado de São Paulo.
Além do distante sonho da vacina, o país também está em busca de um teste de diagnóstico para o zika. Atualmente, o mais comum só é eficaz nos primeiros dias de sintomas da doença.
"Uma doença viral em 80% das pessoas é assintomática. Em 20% têm três situações: pouco sintomática, sintomática e grave. O zika virus não é diferente. Teremos mulheres grávidas com complicações e não será só a microcefalia, posso assegurar. Isto é o contexto das doenças virais e o zika não vai ser diferente", disse Uip.
O estudo para buscar uma vacina contra o zika ainda é embrionário e uma solução apenas a longo prazo. Por enquanto, a única maneira de lutar contra o avanço do vírus é o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Além do zika e da dengue, o inseto também pode transmitir chikungunya e a febre amarela.
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