Zika pode reduzir testosterona e causar atrofia testicular, indica estudo
De acordo com um novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Yale, o vírus da zika faz os testículos encolherem e prejudica as células que produzem testosterona.
Ao lado de outros estudos, os resultados dos testes em camundongos apontam que o vírus pode afetar a reprodução masculina, além de causar defeitos congênitos em bebês durante a gestação, como a microcefalia.
O vírus da zika pode ser transmitido sexualmente e persistir no sêmen por meses, mas a maneira como isso acontece ainda é uma dúvida.
Os pesquisadores infectaram camundongos machos com um tipo não letal do vírus e monitorizaram a sua presença numa variedade de tipos de células.
Os pesquisadores descobriram que mesmo depois que o vírus foi removido do sangue, a replicação continuou em células que fornecem testosterona para os testículos. Níveis elevados do vírus e antígeno também foram detectados na região onde o esperma é armazenado e em células epiteliais próximas.
Vinte e um dias após a infecção, os testículos dos animais infectados estavam significativamente menores do que o dos ratos que receberam apenas uma simulação do vírus, indicando atrofia testicular progressiva. Os especialistas também identificaram uma redução na testosterona, sugerindo que a fertilidade masculina pode ser afetada.
Os cientistas afirmam que é necessário fazer estudos de longo prazo para verificar se os testículos podem se recuperar da atrofia. Eles também acreditam que é importante monitorar a fertilidade de homens que já foram infectados pelo vírus.
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