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Garota que quase se afogou recupera movimentos com terapia experimental

Eden Carlson recuperou movimentos após um tratamento com oxigênio nos EUA - Reprodução/Facebook
Eden Carlson recuperou movimentos após um tratamento com oxigênio nos EUA Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para o UOL

21/07/2017 12h05

Uma garotinha de 2 anos de idade que quase morreu afogada vem surpreendendo a comunidade científica graças à sua surpreendente recuperação. Depois do incidente, a pequena Eden Carlson teve danos cerebrais, que têm se revertido graças à oxigenoterapia hiperbárica, um tratamento ainda considerado experimental.

Oxigenoterapia hiperbárica é uma modalidade terapêutica na qual o paciente deve respirar oxigênio puro enquanto é submetido a uma pressão duas a três vezes menor que a pressão atmosférica do nível do mar no interior de uma câmara hiperbárica .

A vida de Eden quase acabou em tragédia em fevereiro de 2016, quando ela quebrou seu portão de segurança infantil e foi direto para a piscina da casa de seus pais. Sua mãe estava tomando banho, o que fez com que a pequena só fosse encontrada depois de passar 10 minutos submersa na água fria, já sem pulso.

Os médicos esperavam que ela não sobrevivesse, mas a garota conseguiu. Diagnosticada com graves danos cerebrais, Eden não podia mais falar ou andar, comer sozinha ou reagir aos seus arredores. Informados disso, entretanto, Chris e Kristal Carlson passaram a buscar alternativas.

O casal descobriu a oxigenoterapia graças ao especialista em medicina hiperbárica Paul Harch, da Escola de Medicina LSU, de Nova Orleans. Foi ele o responsável por começar a ministrar o tratamento em Eden, preenchendo o nariz da pequena com oxigênio puro, à pressão marítima, por 45 minutos ao menos duas vezes ao dia.

Um mês depois, Eden passou a efetivamente ser submetida à oxigenoterapia hiperbárica, respirando oxigênio puro, dentro da câmara hiperbárica, cinco dias por semana. O tratamento não é novo, porém ainda é considerado como experimental pelo FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador da saúde nos EUA.

As grandes surpresas começaram em maio: Eden riu, moveu seus braços, mãos e olhos. Ela podia falar novamente. Agora, já é capaz de escalar degraus sozinha. Os avanços foram graduais, mas inesperados.

“O surpreendente crescimento de novo tecido [cerebral], nesse caso, aconteceu porque fomos capazes de intervir cedo, em uma criança ainda em crescimento, antes de uma degeneração cerebral a longo termo", explicou Harch em uma declaração oficial.

Para a mãe de Eden, o tratamento salvou sua filha e pode ser vital para outras vítimas de danos cerebrais. "Ela está melhorando sempre", afirmou Kristal ao USA Today

Todo o progresso de Eden foi documentado por Harch e Edward Fogarty, acadêmico da Universidade de Medicina da Dakota do Norte, em um relatório publicado na Medical Gas Research. A jornada da garota também é narrada por seus pais em uma fan page no Facebook.