Alerta de tempo seco: saiba como evitar efeitos da baixa umidade no corpo
Excesso de catarro, sensação de areia nos olhos, garganta seca, pele coçando e dor de cabeça. Esses efeitos podem ser causados pelo tempo seco. Os moradores de Brasília e de Belo Horizonte sofrem com 20% de umidade relativa ao ar. Em Cuiabá, a situação é ainda pior: 15%, segundo o Inmet.
"Esse tempo faz com que partículas fiquem mais tempo no ar", explica Alexandre Kawassaki, pneumologista do Hospital 9 de Julho. Isso vale para as partículas de poluição e para a poeira doméstica --que contém muitos ácaros. Com a menor umidade do ambiente, as secreções produzidas pelo corpo não dão conta de manter a hidratação necessária.
Os efeitos do ar seco no corpo serão mais severos conforme a pessoa. "Depende da sensibilidade de cada um, mas as pessoas podem ficar com os olhos, a boca e o nariz mais secos", diz Kawassaki. "Quem possui fragilidade na mucosa pode ter sangramento nasal", completa o médico.
Quem possui doenças crônicas, como asma, rinite e sinusite, sofre com crises mais frequentes: mais coriza, dificuldade respiratória e até mesmo dores de cabeça, causadas pelo agravamento da sinusite.
Contra o tempo seco, a estratégia é hidratar o corpo e umidificar o ambiente. Beber líquidos, lavar o nariz e os olhos com soro fisiológico e utilizar umidificadores de ambiente ajudam a prevenir e aliviar os sintomas de problemas respiratórios.
Bacias de água e toalhas molhadas espalhadas pelo ambiente podem ser usadas por quem não possui um umidificador.
E a pele?
Outro problema é o efeito do tempo seco sobre a pele, que fica mais seca e pode sofrer com dermatites, como descamação, vermelhidão e coceira.
A falta de hidratação da pele pode ocasionar rachaduras e feridas. "Costas e rosto possuem mais glândulas sebáceas e sofrem menos. As regiões que não produzem secreção sebácea, como braço e perna, chegam a descamar", explica a dermatologista Caroline Semerdjian.
As pessoas que naturalmente possuem a pele mais seca, como idosos, crianças e mulheres que estão no período pós-menopausa precisam de mais cuidados.
Para a pele seca, óleos e hidratantes podem garantir a hidratação. Para quem possui a pela seca, a dermatologista recomenda passar óleo de amêndoa com a pele úmida, o que possibilita absorção maior.
"Uma pessoa idosa pode passar óleo de amêndoa no rosto. Já um jovem pode ficar com óleo demais, o que causa espinha. No caso dos hidratantes, quem tem pele mais seca e mais grossa pode usar um mais espesso. Quem tem pele mais oleosa deve usar os mais fluidos e leves, que melhoram o ressecamento mas não deixam pele melecada", explica.
Também é importante evitar banho muito quente e muito longo, uso de bucha (que remove o pouco de oleosidade e secreção que a pele produz), e sabonete antibacteriano.
Para lavar o corpo, o mais indicado são os sabonetes neutros (como o glicerinado) ou infantis.
Exercício físico tem hora
É importante também evitar a prática de atividades físicas ao ar livre entre as 10h e as 17h , quando o trânsito de veículos é maior e a poluição do ar, mais elevada.
"Quem toma remédio de uso contínuo deve manter a medicação e procurar um médico se precisar", diz Kawassaki. A inalação é indicada para casos de asma e bronquite mais agudos. Existem colírios especiais para quem tem olhos secos, que podem ser indicados por um oftalmologista.
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