Jovem descobriu aos 18 anos que nasceu sem vagina e pede ajuda para operar
Uma mulher norte-americana passa por um drama bem incomum. Kaylee Moats nasceu sem vagina após ser diagnosticada com a síndrome de Rokitansky. Agora, tenta angariar verba para a cirurgia de construção de uma abertura vaginal por financiamento coletivo.
A síndrome de Rokitansky é caracterizada por uma má formação do órgão sexual feminino, que pode gerar uma vagina encurtada (ou inexistente) e a não-formação de um útero.
A cirurgia custa 15 mil dólares (cerca de R$ 48 mil). A necessidade de criar um financiamento coletivo se deu porque o seguro de saúde de Kaylee não financiará com a alegação de que não é um tratamento que salve vidas.
Até agora, US$ 3.500 (cerca de R$ 11 mil) foram angariados para tratar este problema que afeta apenas uma em cada cinco mil mulheres.
Em entrevista à Barcroft TV ela contou que tudo começou com a falta de menstruação até os 18. Isso fez Kaylee perceber que alguma coisa estava errada. Para checar se a percepção tinha algum fundamento, ela foi ao médico. O doutor percebeu que a jovem não tinha útero, colo do útero, vagina ou abertura vaginal.
Geralmente as mulheres demoram para descobrir este problema porque a parte externa da genitália (vulva) é normal, e elas sentem prazer por estimulação do clitóris.
Esta notícia deixou Kaylee e a sua família devastadas. Principalmente porque eles perceberam que ela não poderia ter filhos. “Estou triste por não poder ter filhos. Isto faz me sentir menos mulher, porque não consigo fazer o que as mulheres estão aptas a fazer”, falou Kaylee para a Barcroft TV.
"Tive uma sensação do tipo: por que? Por que ela tem isso", admitiu a sua mãe, Laura Moats, na mesma entrevista.
A irmã de Moats, Amanda, escreveu na página de financiamento coletivo: "Não houve nada pior do que saber que os sonhos da minha irmã por sua vida foram mudados tão drasticamente em um instante, e eu ou qualquer outra pessoa não podemos fazer para melhorar".
Kaylee já sabe o que fazer. "Meu próximo passo é fazer essa cirurgia de reconstrução vaginal. Assim eu posso estar apta a fazer relações sexuais com meu futuro marido ou mulher".
Ela admitiu que quando começou a namorar, teve dificuldade em saber como o namorado lidaria com a situação. "Quando eu e ele começamos a namorar, minha dúvida era: quando vou contar para ele? Como ele vai reagir?
Mas Robert Limmer reagiu bem: "Quando ela me contou a história, isto só me fez amá-la ainda mais. Eu disse que estarei ao lado dela para o que ela precisar".
Outros casos são conhecidos. Em 2016, uma mulher de 27 anos revelou que descobriu um problema semelhante quando tinha 16 anos. O UOL Estilo, em março, falou com mulheres que também tiveram a síndrome e revelaram os dramas de conviver com isso e explicaram como isso mexeu com a vida sexual delas.
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