Terapia de células-tronco ajuda tetraplégicos a recuperarem funções
Todos os tetraplégicos tratados com a terapia de células-tronco da Asterias Biotherapeutics apresentaram melhora da função motora em suas extremidades superiores após um ano em um estudo inicial com seis pacientes.
Com uma lesão da medula espinhal, o controle funcional do corpo fica paralisado abaixo do nível do dano. Quatro dos pacientes foram capazes de controlar músculos pelo menos dois níveis abaixo do local da lesão, que é o objetivo final do teste, informou a empresa nesta segunda-feira (2). Um deles apresenta três níveis de melhora.
"São dados muito encorajadores, embora precoces", disse o CEO Michael Mulroy. "Ninguém conseguiu mostrar um benefício sustentado em 12 meses para esse tipo de lesão."
O tratamento AST-OPC1 também foi qualificado como terapia avançada de medicina regenerativa pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês), o que garante à Asterias, que tem sede em Fremont, na Califórnia, permissão adicional da agência para desenvolver seu primeiro produto de célula-tronco. A denominação é dada a terapias celulares destinadas a tratar doenças que causam risco à vida e que tenham mostrado sinais iniciais de benefício potencial.
Os resultados são provenientes do segundo grupo de pacientes tratados como parte de um estudo chamado SCiStar, que deverá incluir futuramente 35 pacientes com lesão cervical da medula espinhal, o tipo mais grave de lesão medular.
A melhoria permite que os pacientes tenham um papel mais ativo em atividades diárias como se alimentar, digitar, escovar os dentes ou pentear o cabelo. Um dos pacientes, Lucas Lindner, de Eden, Wisconsin, EUA, fez o primeiro arremesso em um jogo da Major League Baseball em agosto, um ano depois de estar em tratamento. Com cada nível de recuperação, os pacientes recebem sinais cerebrais e alguma função em pontos mais abaixo na espinha, o que se traduz em algum controle dos músculos aos quais os nervos estão conectados.
As respostas em cada categoria ultrapassam a meta da empresa de uma melhora de dois níveis em 45 por cento a 50 por cento dos pacientes em todo o teste, disse Mulroy. Os resultados também mostram que mais pacientes chegaram a essa meta ao longo do tempo. Dois pacientes tiveram dois níveis de melhora após três meses. O terceiro alcançou esse objetivo após nove meses e o quarto, depois de um ano.
"Mesmo se tivéssemos ficado no nível de 50% teria sido uma vitória", disse o CEO.
É muito cedo para afirmar com certeza que o tratamento é responsável pelas melhorias observadas em pacientes individuais, embora a evidência como um todo sugira benefício, disse Mulroy.
"Parece haver algo acontecendo aqui que merece mais investimentos", disse ele.
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