RS: Mulher é presa suspeita de aplicar 'vacinas falsas' de febre amarela
Uma farmacêutica de 37 anos foi presa preventivamente nessa quarta-feira (14) suspeita de aplicar vacinas contra a febre amarela e a meningite sem a substância dentro das seringas. A prisão ocorreu no município de Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos.
A mulher, que não teve o nome divulgado pela Polícia, é proprietária de uma clínica particular de vacinas situada no bairro Hamburgo Velho da mesma cidade. O estabelecimento --Vacix Clínica de Vacinas-- foi interditado por agentes da Vigilância em Saúde do município por não emitir nota fiscal e tão pouco repassar a Secretaria da Saúde informações obrigatórias sobre os pacientes vacinados.
Conforme o órgão estadual de saúde, o estabelecimento funcionava há cerca de um ano.
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O titular da Delegacia do Consumidor, delegado Rafael Liedtke, informou que a suspeita é de que a farmacêutica estaria aplicando vacinas vazias dos tipos Meningite Tetravalente ACWY, Meningo B e Febre Amarela. “É uma denúncia muito grave. Há informações de que a suspeita utilizava as mesmas agulhas em crianças e adolescentes, porque algumas destas vacinas são aplicadas em crianças de cinco e sete meses de idade.
"Embora ela (farmacêutica) perfurasse a pele das vítimas com a agulha, ela não empurrava o êmbolo”, explicou o delegado que deve concluir o inquérito em 10 dias. Os valores cobrados pelas vacinas variavam de R$ 130 a R$ 595.
A Polícia Civil não soube mensurar o número de pacientes que buscaram atendimento na clínica e foram lesados. Também não informou desde quando vinha ocorrendo a suposta fraude.
A farmacêutica, que não tem antecedentes criminais foi encaminhada ao Presídio Feminino Madre Pelletier, na zona leste de Porto Alegre. O advogado de defesa, Luiz Gustavo Puperi, afirmou a reportagem que já foi solicitado à Justiça de Novo Hamburgo o pedido de revogação da prisão preventiva e o habeas corpus de sua cliente.
O defensor estranhou o fato de a farmacêutica ser detida sem provas materiais e técnicas. “O pedido de prisão do delegado não passou pelo crivo do Ministério Público. Ele se baseou no relato de uma testemunha (denunciante). Não há um boletim de ocorrência na DP e tão pouco vítimas neste caso”, comentou o advogado.
A proprietária da clínica de vacinas irá responder aos crimes contra a saúde pública, pelo fato de vender/expor produto com fim terapêutico ou medicinal violado, corrompido, adulterado ou falsificado. A pena prevista é de 10 a 15 anos de reclusão.
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