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Paciente se irrita com fila e ataca auxiliar de enfermagem com tesoura

ESF do jardim Morada do Sol, zona norte de Presidente Prudente - Google Street View
ESF do jardim Morada do Sol, zona norte de Presidente Prudente Imagem: Google Street View

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL em São Paulo

07/05/2018 14h56

Um paciente perdeu o controle e atacou um enfermeiro com uma tesoura na manhã desta segunda-feira (7) em uma unidade de saúde em Presidente Prudente, interior de São Paulo. O homem, cuja identidade foi preservada, se irritou com a informação de que precisaria esperar para ser atendido porque havia uma fila de oito pessoas a sua frente.

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O paciente chegou à ESF (Estratégia de Saúde da Família) do Jardim Morada do Sol, zona norte da cidade, por volta das 8h30 reclamando de fortes dores no ouvido. Embora a unidade seja voltada para saúde preventiva e não preste atendimento emergencial, a recepção aceitou atendê-lo.

Enquanto preenchia a ficha, o rapaz perguntou sobre o tempo que levaria até que recebesse atendimento. “‘O senhor é o nono’, respondeu a atendente. Mas ele ficou irritado e disse que queria ser atendido imediatamente”, contou ao UOL o secretário municipal de Saúde, Valmir da Silva Pinto.

“Em um ataque de furor, ele pegou uma tesoura que estava ali perto e partiu para cima de um auxiliar de enfermagem”, contou o secretário. “Por sorte o servidor é forte e conseguiu se defender. Ele ficou levemente ferido.”

Em pouco tempo, outras pessoas se aproximaram e conseguiram retirar a tesoura do agressor, que fugiu logo em seguida. “Nós chamamos a polícia e entregamos a ficha que ele havia preenchido.” Até agora, o rapaz, morador do bairro, não foi encontrado.

Em razão do incidente, a equipe médica concluiu os atendimentos que restavam e fechou a unidade de saúde, que só será reaberta às 7h de terça (8). “A equipe ficou muito nervosa, sem condições de atender mais ninguém. Preferimos fechar o local até que todos se recuperem emocionalmente.”

Ainda segundo o secretário, os funcionários de saúde no município vêm sendo constantemente agredidos. “Está complicado atender a população. Nunca ninguém tentou acertar um enfermeiro com uma tesoura, mas as agressões verbais são cada vez mais frequentes.”