Hospitais públicos de SP atendem por telefone para evitar ida desnecessária
Resumo da notícia
- Atendentes de hospitais de SP questionam sintomas de doentes por telefone
- Caso sintomas não sejam graves, orientação é de repouso e higienização
- Atendentes pedem que prontos-socorros não sejam a primeira opção
"Você está com febre acima de 39º C? Com manchas e dor no corpo? Consegue respirar? Bom, conseguir respirar você está conseguindo ou não estaria falando comigo, né? Não precisa vir, você está com uma gripe normal", afirmou por telefone à reportagem, na manhã de hoje, uma atendente da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo ao receber uma das respostas negativa.
A atendente disse que está recebendo muitas ligações desde o início desta segunda-feira de pessoas com medo de terem contraído o novo coronavírus. E que, em todas as ligações, faz o mesmo: questiona sobre os principais sintomas e, caso receba uma das respostas como negativa, orienta a pessoa a permanecer dentro de casa, lavar bem as mãos, fazer uso de álcool gel, não se desesperar e ir a um hospital apenas se a situação se agravar.
O mesmo foi orientado em outros prontos-socorros da capital paulista. A atendente do Hospital Municipal do Tatuapé, por exemplo, explicou: "Olha, não adianta você vir aqui se não estiver em um estado grave. Se vier, já na recepção, vai ser orientado a se manter em repouso, em casa."
A atendente do hospital da zona leste ainda complementou que toda pessoa que for ao hospital, sem estar em estado grave, pode se colocar em risco. "Caso não tenha nada, pode voltar para casa com algo pior. Além do coronavírus, estamos em um pequeno surto de gripe normal. Você pode chegar aqui com um resfriado e voltar para casa com uma gripe facilmente, por exemplo", explicou.
Oficialmente, o governo de São Paulo orienta que pessoas com sintomas de gripo ou resfriado comum "permaneçam em casa por 14 dias para evitar a contaminação de outras pessoas. Recomendação é repouso e higiene reforçada para minimizar riscos a familiares".
Em caso de piora dos sintomas, com dificuldade para respirar e cansaço atípico, o governo orienta a "procurar um posto de saúde para que os profissionais determinem a necessidade de internação ou exame para detecção de covid-19 [a doença causada pelo coronavírus]". A ideia é que os prontos-socorros não fiquem lotados, como foi registrado em hospitais privados semana passada.
Essa orientação já é dada também pelos atendentes do pronto-socorro do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual). "Se o sintoma estiver leve, não saia de casa, tome bastante líquido, se alimenta bem e tome um analgésico ou antitérmico. Só vá a um hospital se a situação se agravar", afirmou a atendente do hospital
De acordo com balanço divulgado na noite de ontem à noite pelo Ministério da Saúde,o Brasil tinha registrado 200 casos oficiais de covid-19. Outras 1.913 casos estavam sob análise. São Paulo é o estado com mais casos, seguido do Rio de Janeiro, que já registrou seu primeiro caso de paciente em estado "muito grave".
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