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Sem comprovação, zinco e vitamina D devem ter impostos zerados por governo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília - Joedson Alves/EFE
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília Imagem: Joedson Alves/EFE

Do UOL, em São Paulo*

04/04/2020 11h20

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu, por meio de uma postagem no Facebook, zerar os impostos de vitamina D e zinco como parte das medidas para o combate ao novo coronavírus do Brasil.

Porém, ainda não há comprovação científica de que os dois componentes são efetivos na prevenção ou recuperação de pacientes com covid-19. O governo já havia anunciado anteriormente que deixaria de tributar a hidroxicloroquina e azitromicina, medicamentos que também passam por testes para avaliação da eficácia contra o coronavírus.

"Medicamentos (entre outros) que tiveram todos seus impostos zerados pelo Governo Federal: Hidroxicloroquina e Azitromicina. Outros que serão "zerados" nos próximos dias: Zinco e vitamina "D". Todos usados no tratamento de pacientes portadores da covid-19", escreveu Bolsonaro.

No site oficial, o Ministério da Saúde trata a imagem de um medicamento que contém a presença de zinco, combinado como vitamina C, como fake news.

O texto no site diz que, "até o momento, não há nenhum medicamento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus".

Especialistas dizem que tomar vitamina D não previne nem cura da covid-19 e que seu uso só deve ser feito com orientação médica.

Ainda não há um remédio que cure a covid-19. A recomendação de especialistas, avalizada pelo Ministério da Saúde e por grande parte dos estados brasileiros, é aderir ao isolamento social como forma mais efetiva de evitar a disseminação do vírus.

Contato com o primeiro-ministro da Índia

Jair Bolsonaro conversou hoje com primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e pediu o desbloqueio da exportação de insumos farmacêuticos para a produção da hidroxicloroquina, medicamento testado no combate ao novo coronavírus. Ainda não há comprovação de sua eficácia.

A Índia é produtora de insumos para medicamentos e havia paralisado a exportação. O governo brasileiro fez um apelo ao país para a liberação de ao menos 31,6 toneladas de ingredientes usados na fabricação de remédios pela indústria farmacêutica no Brasil.

* Com informações da Agência Estado.