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Damares aponta saída de Moro como "crise criada" após êxito contra covid-19

Damares Alves - FREDERICO BRASIL/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Damares Alves Imagem: FREDERICO BRASIL/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, no Rio

02/05/2020 15h55Atualizada em 02/05/2020 18h27

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, comentou no Twitter o cenário de óbitos devidos à pandemia de coronavírus no Brasil e afirmou que a oposição criou uma crise no governo por conta da saída de Sergio Moro no Ministério da Justiça.

O Brasil registrou até ontem 6.329 mortes causadas pelo novo coronavírus, um aumento de 428 óbitos em 24 horas. O número de casos confirmados subiu para 91.589, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde.

Na quinta-feira, o país superou o número de casos da China e se tornou o 10º no ranking mundial da Universidade Johns Hopkins. Na terça-feira o país já havia superado o número de mortos da China, país onde a pandemia começou.

Estudo britânico projetou 1 milhão de óbitos no Brasil

A previsão de que o Brasil poderia chegar a um milhão de mortos por covid-19 é de um estudo do Imperial College de Londres, divulgado em março. Essa era a projeção — 1,15 milhão de óbitos — caso o país não tivesse adotado nenhuma medida para conter a dispersão do novo coronavírus.

A instituição afirmou ainda que, adotando regras amplas de isolamento social, o Brasil chegaria a 44 mil vidas perdidas. Em nenhum dos modelos estatísticos a pesquisa cita maio ou outro mês em que as previsões poderiam se concretizar.

Quem considerou o início de maio nas projeções foi o Ministério da Saúde, em abril. A pasta estimou que primeiras semanas de maio, entre os dias 4 e 10, marcariam a fase de aceleração descontrolada de casos do novo coronavírus. A partir dessa etapa, o país deve caminhar para o pico de casos, previsto para o início de junho.

O ministério, porém, não estimou número de mortos ou de contaminados — e o cenário depende do isolamento social adotado pelo país para conter a pandemia.

Aceleração

Na última quinta-feira (30), o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, alertou para a possibilidade de o Brasil chegar a confirmar 1.000 mortes diárias, caso a pandemia cresça nos próximos dias.

A doença está aumentando a velocidade de contágio nas capitais. Nelas, o número de casos dobra a cada cinco dias e meio.

Em São Luís, os casos dobram a cada três dias e meio. Lá, a Justiça ordenou o bloqueio completo de deslocamentos, também chamado de confinamento ou "lockdown".

Em Manaus, que na semana passada iniciou o enterro de vítimas da covid-19 em covas coletivas por falta de espaço e tempo, o número oficial de casos dobra a cada 4,32 dias em média.