Covid: Brasil ultrapassa 12 mil mortos e atinge marca de 881 mortes em 24 h
Resumo da notícia
- Levantamento do Ministério da Saúde aponta 12.400 óbitos causados pela covid-19
- Com 9.258 novos casos da doença confirmados ontem para hoje, país chega 177.589 infectados
- O governo estima que o índice de curados seja 40,9% (72.597 pessoas)
O último levantamento do Ministério da Saúde, divulgado hoje, aponta 12.400 mortes pelo novo coronavírus no Brasil, com 881 óbitos registrados desde ontem, o maior número em um dia desde o início da pandemia. Até então, o recorde no país era de 751 mortes em 24 horas.
Do total de óbitos confirmados, 206 ocorreram nos últimos três dias — há outros 2.050 em investigação. O balanço da pasta também contabiliza 177.589 casos confirmados da covid-19 no país. De ontem para hoje, foram 9.258 novos diagnósticos de pessoas infectadas pelo vírus.
O governo também divulgou que 92.593 (52,1%) pacientes estão em acompanhamento e 72.597 (40,9%) já se recuperaram da doença.
SP prevê 100 mil casos até o fim do mês
São Paulo é o estado com o maior número de infectados (47.719) e de mortos pela covid-19 (3.949). O cenário projetado pelo governo estadual aponta que até o final de maio SP deve ter 100 mil infectados.
No interior paulista, o número de casos de coronavírus cresceu em 99% nos últimos 11 dias. Na primeira semana de maio, 151 cidades registravam mortes pela doença. Até ontem, o número subiu para 177 municípios, o que significa um aumento de 18.5% em dez dias. Além disso, todas as cidades paulistas com mais de 70 mil habitantes já têm casos de covid-19.
Atualização tardia em diagnósticos
Os números de diagnósticos e óbitos confirmados nas últimas 24 horas não necessariamente ocorreram no último dia. Segundo o Ministério da Saúde, a fila de testes faz com que os óbitos sejam confirmados, em média, uma ou duas semanas após terem ocorrido. O UOL já identificou atrasos de até 51 dias para a oficialização de mortes.
Por conta dessa atualização retroativa, no início da pandemia o número real de mortes ocorridas até uma certa data chegava a ser o dobro daquela divulgada pelo Ministério da Saúde.
Bolsonaro é alvo de protestos
Uma manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Brasília, na manhã de hoje, que marca o Dia Internacional do Enfermeiro, transformou o mandatário em um boneco; a representação apresentava garras sujas de sangue no lugar das mãos.
Três pessoas carregaram uma faixa com os dizeres: "Os que lavam as mãos os fazem numa bacia de sangue", frase do dramaturgo Bertolt Brecht.
O protesto ocorre no mesmo dia em que Bolsonaro trava um embate contra governadores que anunciaram que não seguirão o decreto que amplia serviços essenciais durante a pandemia. Ontem, o governo federal determinou que academias, barbearias e salões de beleza seriam acrescentados à lista.
4,4 milhões de casos no mundo
O continente americano ultrapassou o número total de casos confirmados de coronavírus da Europa segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Os números são puxados pelos Estados Unidos, o atual epicentro da pandemia, e pelo Brasil, que entrou em curva acelerada de casos e mortes.
Segundo dados divulgados hoje às 7h, que contabilizam casos oficiais registrados até ontem, as Américas atingiram 1,74 milhão de pessoas contaminadas. A Europa, por outro lado, começa a ver uma desaceleração no número de casos e mortes, que foram por muito tempo puxadas por Itália, Espanha e Reino Unido. O continente tem 1,73 milhão de casos.
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