Chuva danifica hospital de campanha em SP; atendimento permanece no local
A estrutura do hospital de campanha do Anhembi, erguido pela prefeitura de São Paulo para abrigar pacientes com covid-19, foi comprometida após a intensa chuva que atingiu a capital paulista na madrugada de hoje.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram uma grande quantidade de água vazando do teto em um espaço do hospital que aparenta estar vazio. A reportagem confirmou com a prefeitura que houve vazamento no local.
"Os vazamentos que ocorreram e que já foram equacionados fazem parte de uma área não ativada do hospital de campanha", disse ao UOL o secretário de Saúde da prefeitura, Edson Aparecido. "Já salvamos mais de 5 mil pacientes nessa estrutura."
A Secom (Secretaria de Comunicação) também informou que a área atingida pelos vazamentos não está em operação e que não houve nenhum problema em relação às pessoas que estavam sendo atendidas no hospital, que permanece em funcionamento.
"A SPTuris esclarece que os vazamentos atingiram o setor Norte-Sul do Pavilhão, onde está sendo realizada a obra de recuperação do telhado, onde não funciona o Hospital de Campanha e não há pacientes", diz nota da prefeitura enviada à reportagem.
O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) afirmou, no entanto, que houve remanejamento de pacientes (veja mais abaixo) por conta dos danos causados pela chuva.
A estrutura do Pacaembu vai ser encerrada na próxima segunda-feira (29). Já a do Anhembi, de acordo com a prefeitura, não teria data para fechamento. Nesta semana, o secretário de Saúde Edson Aparecido afirmou à TV Globo que os dois hospitais seriam mantidos.
Dois dias depois, no entanto, Covas anunciou o fechamento do hospital de campanha do Pacaembu, mas silenciou sobre o Anhembi.
Ontem, a Folha de S.Paulo reportou que houve queda drástica de internações nos dois hospitais. O complexo do Anhembi fora concebido para abrigar até 1.800 pacientes, mas hoje apenas 218 pessoas estão nos leitos disponíveis no local.
A diminuição de internações resultou na reclassificação da cidade de São Paulo para a fase amarela do chamado Plano São Paulo, que permite, com restrições, a abertura de bares, restaurantes e salões de beleza.
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