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PGR pede ao STJ soltura do ex-secretário de Saúde do RJ, Edmar Santos

Edmar Santos é apontado como integrante da organização criminosa que fraudou contratos de compra de respiradores pulmonares - Reprodução/Facebook
Edmar Santos é apontado como integrante da organização criminosa que fraudou contratos de compra de respiradores pulmonares Imagem: Reprodução/Facebook

Patrick Mesquita

Do UOL, em São Paulo

13/07/2020 17h38Atualizada em 14/07/2020 08h13

A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu hoje ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) a soltura do ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos. O pedido foi enviado ao ministro João Otávio de Noronha, presidente do STJ. A informação foi obtida pelo G1 e confirmada pelo UOL com uma fonte na PGR. Hoje mais tarde, a PGR e o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) divulgaram que estão em tratativas para o compartilhamento de provas sobre os possíveis desvios ocorridos na Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo a procuradoria, os fatos investigados pelo Ministério Público do Rio na operação Mercadores do Caos são iguais aos do inquérito 1338 da Operação Placebo, investigado pela PGR e em tramitação no STJ.

O pedido feito pela PGR é para que os inquéritos e ações decorrentes da Mercadores do Caos sejam deslocados para o STJ, que seria o órgão competente sobre o caso.

A Operação Placebo investiga indícios de desvios de recursos públicos enquanto vigora o estado de emergência de saúde pública em decorrência do novo coronavírus. O governador Wilson Witzel é alvo das investigações. O inquérito 1338 tem como relator no STJ o ministro Benedito Gonçalves.

O ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos foi preso na manhã da última sexta-feira, em uma operação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). Edmar é apontado como integrante da organização criminosa que fraudou contratos de compra de respiradores pulmonares, em caráter emergencial, para atendimento de pacientes com covid-19.

O ex-secretário é suspeito dos crimes de organização criminosa e peculato. O MP-RJ diz ter identificado nas investigações que Santos seria o "comandante do grupo" ao lado do ex-subsecretário executivo da pasta Gabriell Neves.

Na última sexta-feira (10), a defesa de Edmar Santos negou que os R$ 8,5 milhões tivessem sido encontrados em um imóvel do ex-secretário. Na noite de sábado (11), em nota, o MP confirmou a informação.