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São Paulo se preocupa com saídas de jovens e teme 2ª onda de covid-19

Edson Aparecido e Bruno Covas emitiram alertas sobre possível 2ª onda - ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Edson Aparecido e Bruno Covas emitiram alertas sobre possível 2ª onda Imagem: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL

28/10/2020 10h35Atualizada em 28/10/2020 11h07

Edson Aparecido, secretário municipal da saúde de São Paulo, afirmou que a prefeitura está preocupada com uma possível segunda onda de covid-19 na cidade, algo que já está ocorrendo na Europa. Ele disse que começou a tomar atitudes para evitar isso e fez um alerta sobre jovens que estão saindo para bares e baladas.

"A 2ª onda de covid-19 na Europa atinge principalmente jovens adultos de 20 a 35 anos. Ou seja, é aquele pessoal que saiu, foi para o bar ou balada. O alerta principal vai para essa faixa de idade, que sai, se contamina, volta para casa e contamina a família inteira", afirmou Edson em entrevista à Globonews.

Recentemente, a prefeitura de São Paulo autorizou a volta das aulas para jovens do ensino médio e tem aumentado a flexibilização da quarentena. Na ocasião, o governo admitiu que os adolescentes já estavam circulando nas ruas, por isso só eles voltariam às escolas nesse momento. Mas Edson disse que também está agindo para evitar a segunda onda.

"Nós precisamos ter o sistema de saúde preparado, caso aconteça a segunda onda. Sempre estivemos um passo à frente. Nessa semana reunimos todas equipes. Fizemos definições de alertas. Todos os funcionários receberão alertas nos celulares para que notifiquem qualquer mudança de cenário. E também soltamos dois documentos. Um exatamente que mostra cenários atuais da doença, sobretudo na Europa hoje. E também um documento de orientação de biossegurança para nossos funcionários", contou Edson.

Edson também disse que São Paulo pode se livrar da segunda onda porque a pandemia na capital foi diferente, em comparação com a Europa.

"A Europa teve um crescimento de casos agora. Mas lá a flexibilização foi muito rápida, diferente do que fizemos aqui. Aqui fizemos achatamento da curva. A abertura foi mais lenta. Na Europa a educação foi tratada como questão socioeconômica. Aqui a gente separou a questão educacional", apontou Edson.

De acordo com o secretário, resultados parciais de testes feitos em São Paulo mostraram que 70% das crianças e adolescentes da capital são assintomáticos. E 30% dos estudantes moram com pessoas de mais de 60 anos. "Por isso não retomamos atividades de aula na escola infantil e fundamental. Só no Ensino Médio", concluiu.