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Anvisa alerta profissionais de saúde para cuidados ao aplicar CoronaVac

Anvisa faz alerta para diferença entre envasamento monodose da CoronaVac envasado na China e multidose no Brasil - Arthur Stabile/UOL
Anvisa faz alerta para diferença entre envasamento monodose da CoronaVac envasado na China e multidose no Brasil Imagem: Arthur Stabile/UOL

Douglas Porto

Do UOL, em São Paulo

27/01/2021 14h48Atualizada em 27/01/2021 22h37

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu um alerta para os profissionais de saúde responsáveis pela aplicação da CoronaVac, pois deve ser aspirada do frasco multidose a quantidade de 0,5 ml por pessoa.

As primeiras seis milhões de doses aprovadas pela agência em 17 de janeiro vieram envasadas diretamente do laboratório Sinovac, na China, em frascos de apenas uma dose — com 0,5 ml cada. Já no dia 22 de janeiro, a nova remessa aprovada de 4,1 milhões foi envasada pelo Instituto Butantan, em frasco-ampola de 10 doses — com 6,2 ml, que já começaram a ser distribuídas pelo Ministério da Saúde.

Procurado pelo UOL, o Butantan explica "que cada frasco possui, nominalmente, 10 doses, mas que, seguindo as boas práticas de fabricação, é envasado um volume maior que, se retirado com cuidado das ampolas pelos profissionais das unidades de saúde, pode render até duas doses a mais. Cada ampola da vacina tem 6,2 ml. Isso pode contribuir para imunizar um maior número de pessoa a cada frasco aberto."

A vacina após deslacrada deve ser aplicada em até oito horas, desde que o frasco seja armazenado em condições assépticas e refrigerado entre 2ºC e 8ºC.

Chegada de insumos para a CoronaVac da China

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, estimou ontem, durante entrevista coletiva, a chegada de 5.400 litros de insumos importados da China no dia 3 de fevereiro para a produção de 8,6 milhões de doses da CoronaVac. O prazo de produção é de 20 dias.

Tivemos sinalização de que liberação do lote será feita de forma rápida, começando por esses 5.400 litros que foram anunciados ontem e chegarão com previsão na próxima semana, dia 3 de fevereiro. Na sequência outro volume de 5.600 litros que também foi mencionado pelo embaixador e está em processo adiantado de liberação."
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan

A produção está parada desde o dia 17 de janeiro pela falta de insumos que ficaram parados na China. O embaixador chinês no Brasil, Yan Wanming, afirmou que o atraso ocorrido na exportação foi técnico e não político, em resposta aos recentes atritos do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o país asiático.

No entanto, não foi confirmada pelo Butantan a data de retomada das atividades, porém há risco de faltarem doses para o PNI (Plano Nacional de Imunização). "Chegando a matéria-prima de 5.400 litros no próximo dia 3, iniciaremos a produção. [As doses] serão liberadas 20 dias depois, cumprindo assim o ciclo de qualidade", explicou Dimas Covas.