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Secretários de Saúde pedem ao governo toque de recolher e volta do auxílio

Em carta, secretários sugeriram medidas para evitar o "iminente colapso" das redes pública e privada de saúde - Michael Dantas/AFP
Em carta, secretários sugeriram medidas para evitar o "iminente colapso" das redes pública e privada de saúde Imagem: Michael Dantas/AFP

Natália Lázaro

Colaboração para o UOL, em Brasília

01/03/2021 14h50Atualizada em 01/03/2021 15h32

Secretários estaduais de Saúde publicaram carta aberta ao governo federal pedindo pelo estreitamento das medidas de prevenção ao novo coronavírus. Por meio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o objetivo do texto é "evitar o iminente colapso nacional das redes pública e privada de saúde".

Entre as medidas sugeridas, estão o toque de recolher noturno — das 20h às 6h — e aos finais de semana, além da "restrição em nível máximo" das atividades em regiões com ocupação de leitos acima de 85%. Eles também pedem pela proibição de eventos presenciais como shows, atividades religiosas e esportivas, e pelo fechamento de bares de praias.

Na carta, os secretários requerem a suspensão de aulas presenciais e a adoção do trabalho remoto nas esferas públicas e privadas. Eles também avaliam como "necessária" a "adequação legislativa das condições contratuais que permitam a compra de todas as vacinas" e pedem pelo "retorno imediato" do auxílio emergencial.

"Entendemos que o conjunto de medidas propostas somente poderá ser executado pelos governadores e prefeitos se for estabelecido no Brasil um 'Pacto Nacional pela Vida' que reúna todos os poderes, a sociedade civil, representantes da indústria e do comércio", disseram, alegando precisar da "explícita autorização e determinação legislativa do Congresso Nacional".

"O relaxamento das medidas de proteção e a circulação de novas cepas do vírus propiciaram o agravamento da crise sanitária e social, esta última intensificada pela suspensão do auxílio emergencial", defenderam.

Oito estados brasileiros (MS, PR, BA, PB, CE, PI, AM e RN) e o Distrito Federal decretaram o lockdown este ano, com a chegada da segunda onda da covid-19. O DF iniciou ontem o regime de restrição de circulação e das atividades comerciais.