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Até quando gravidade será negada?, diz Eduardo Leite após recorde de mortes

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) - Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) Imagem: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

Do UOL, em São Paulo

03/03/2021 08h34Atualizada em 03/03/2021 10h15

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), fez críticas à postura do governo federal no enfrentamento à pandemia após o país registrar novo recorde no número de mortes diárias pelo coronavírus ontem.

Em uma série de tuítes na noite de ontem, Leite questionou as ações do governo federal e comparou a situação brasileira coma de outros países que adotaram medidas de distanciamento e apostaram na vacinação da população.

"Será que os principais países do mundo, que adotaram o distanciamento e a vacinação como estratégias de combate ao vírus, estão errados e o Brasil, com 260 mil vidas ceifadas, está certo? Até quando a gravidade do momento será negada?", escreveu o governador.

O Rio Grande do Sul é um dos estados com a situação mais grave. À beira de um colapso na saúde, o estado inteiro está desde o fim de semana na bandeira preta —classificação mais restritiva— no plano de enfrentamento à pandemia.

O número de mortes diária bateu novo recorde, com 185 óbitos, e a taxa de ocupação nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) para pacientes com covid-19 está quase em 100%.

"Estamos com as UTIs lotadas e a situação ainda vai piorar antes de melhorar. Por isso, cuidem-se. Respeitem o distanciamento para que possamos reduzir o contágio. Não será o decreto do governador que resolverá. Somente a consciência coletiva vai nos fazer atravessar esse momento", escreveu Leite.

O governador afirmou ainda que, enquanto o Brasil lamenta perdas e enterra suas vítimas aos milhares, países que não negam a pandemia e adotam o distanciamento já projetam a imunização total de suas populações até junho.

"Enquanto o mundo tem redução de casos, nós ainda lutamos para convencer da gravidade da doença", escreveu.