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Brasil ignora 6 das 13 vacinas em avaliação para uso emergencial na OMS

Sindicato de motoristas de app é autorizado pela Justiça a importar vacinas anticovid Imagem: Reprodução

Natália Lázaro

Colaboração para o UOL, em Brasíia

10/03/2021 04h33

Tanto o Ministério da Saúde como a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmaram que estão dispostos a conhecer todas as vacinas que prometem imunizar contra o novo coronavírus, sem distinção de fabricante ou país. Porém, dos 13 imunizantes em avaliação pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para uso emergencial, o Brasil tem ignorado seis deles.

Segundo a OMS, há 182 possíveis vacinas contra a covid-19 em estado pré-clínico de desenvolvimento. Dos 79 imunizantes em fase clínica, 13 estão em processo de avaliação para pré-qualificação e uso emergencial pela organização.

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Das 13 vacinas na lista de pré-qualificação da OMS, três já foram aprovadas: a da Pfizer; da AstraZeneca/Oxford; e a Sinovac/ Coronavac. O Brasil já assinou acordos com esses laboratórios.

A Pfizer teve registro concedido pela Anvisa, faltando apenas a assinatura do contrato com o governo federal.

A AstraZeneca/Oxford aparece na lista por duas vezes, mudando apenas a Autoridade Reguladora Nacional de Registro (NRA Of Record, em inglês). A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) comprou os diretos de desenvolvimento do imunizante, mantendo a produção nos mesmos moldes. Já a Covishield é produzida pelo Serum Institute of India, que forneceu ao Brasil o insumo da Astrazeneca.

Outra listada pela Organização é a Sinovac Biotech, à qual o Instituto Butantan, em São Paulo, se associou para desenvolver a CoronaVac. Para aprovação do uso emergencial pela OMS, falta apenas a entrega de um documento adicional, com previsão de conclusão em meados de março.

Já as vacinas Moderna e Sputnik V estão em fase de tratativa final com o Brasil e também compõem a lista. De acordo com a Anvisa, ainda não foi feito pedido de autorização pela Moderna. Quanto à Sputnik, a Anvisa está aguardando somente o restante da documentação. Na OMS, o processo de ambas vacinas deve ser concluído ainda este mês.

Recentemente aquirida pelo Brasil, a vacina da Janssen também faz parte da lista de pré-qualificação da Organização, aguardando última documentação para finalizar o processo em março.

Segundo a OMS, o grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (Sage, em inglês), integrante da Organização, recebeu, recentemente, informações para analisar a eficácia da Moderna, AstraZeneca/Oxford e Pfizer. Nos estudos laboratoriais, a Moderna apresentou eficácia de 94,1%, enquanto a outras tiveram resultado positivo em 63,09% e 95% dos casos, respectivamente.

As seis vacinas analisadas pela OMS e ignoradas pelo Brasil

A Ad5-nCoV, do laboratório chinês CanSino, foi a primeira vacina a ser patenteada no mundo e faz parte da lista dos 13 imunizantes em fase de aprovação pela OMS. Porém, o Brasil ainda não demonstrou interesse na compra. Ela já foi aprovada nas duas primeiras fases da organização e seguirá com o processo somente em abril deste ano.

Da mesma forma, embaixadores chineses têm oferecido a Sinopharma ao governo federal. Porém, o imunizante tem agradado mais a parlamentares do que ao Executivo, sem expectativas para um acordo com o governo brasileiro.

A vacina aparece duas vezes na lista da OMS, com um laboratório locado em Pequim e outro em Wuhan. A de Pequim está aguardando a conclusão da penúltima etapa de avaliação e deve ter processo concluído ainda em março. Já a de Wuhan ficou estacionada na primeira fase.

A vacina americana Novavax e o segundo imunizante Russo, a EpiVacCorona, ainda estão sendo analisados pela OMS, com ambos processos em fase inicial. Apesar de conhecidas no mercado, o Brasil também não demostrou interesse de compra. Ainda, as chinesas das empresas Zhifei Longcom e IMBCams também compõem a lista, mas sem avanço nas avaliações e sem expectativa de requerimento pelo Brasil.

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