Bolsonaro questiona dados sobre ocupação de leitos de UTIs
Por causa da pandemia de covid-19, o Brasil tem sofrido com hospitais lotados e dificuldades na vacinação. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou sobre esses assuntos hoje, criando questionamentos e citando suspeitas.
Para falar sobre os leitos, Bolsonaro disse que um tio morreu no mês passado. Então foi perguntado se a causa da morte foi covid-19. Ele negou e disse que citou o caso para dar um exemplo. "Você já perguntou se é covid. Parece que as pessoas só morrem por covid". O presidente também disse que "tem que ver quantos (pacientes nos hospitais) são de covid e quantos são de outras enfermidades".
Sobre a vacinação, Bolsonaro afirmou que duas empresas fabricantes de vacina estão com problemas, mas não citou os nomes delas. Um caso citado provavelmente é a vacina de Oxford, que foi comprada em grande quantidade pelo governo federal, desde o ano passado. Bolsonaro afirmou que trata-se de um imunizante como "lote suspeito" porque a aplicação foi suspensa em diversos países. Essas nações querem analisar se há alguma relação entre a vacina e alguns casos de trombose.
"Tem uma vacina que tem 10 países que não vão aplicar mais. Ligaram pra mim e disseram: 'por que você não compra?'. Mas se não estão aplicando, no mínimo é um lote suspeito", declarou Bolsonaro.
A outra empresa citada por Bolsonaro não tem aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e por isso, segundo ele, não consegue vender imunizantes.
"Tem outra empresa grande, conhecida, que tem 20 milhões de doses e não consegue vender. Um cara falou comigo. Eu disse que não posso interferir na Anvisa. Liguei para um colega da Anvisa. Perguntei: 'entraram com papel?'. Ele falou: 'nenhum papel. Não recebemos nada, presidente'. Por que outro país não compra esse lote sem certificação? É lobby? Comigo não vão fazer lobby", concluiu Bolsonaro.
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