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Faltam médicos para preencher as novas vagas de UTI no ES, alerta sindicato

De acordo com o Sindicato de Médicos do ES, o estado corre o risco de não ter profissionais qualificados para atuar contra a covid-19 - EDMAR BARROS/ESTADÃO CONTEÚDO
De acordo com o Sindicato de Médicos do ES, o estado corre o risco de não ter profissionais qualificados para atuar contra a covid-19 Imagem: EDMAR BARROS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

22/03/2021 10h52Atualizada em 22/03/2021 10h59

O Espírito Santo corre o risco de não ter médicos capacitados para preencher as novas vagas de atuação nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) para os pacientes da covid-19. O alerta foi feito pelo presidente do Sindicato dos Médicos, Otto Baptista, em entrevista ao Bom Dia ES, da TV Globo. No momento, o sistema de saúde local está beirando o colapso devido ao aumento de casos de pacientes infectados pelo vírus.

"Esses profissionais que estão na linha de frente, principalmente na UTI nos 770 leitos de norte ao sul do estado, estão com sua carga horária completa, ao máximo. Isso é uma preocupação nossa, em um momento que se fala de um colapso, faltam poucos leitos para chegar a 100%. Agora, se vier abrir novos leitos, a nossa preocupação é: Quem serão esses profissionais capacitados para trabalhar com esses equipamentos e medicamentos de alta complexidade?", questionou o presidente do sindicato.

Ainda de acordo com Otto Baptista, são necessários ao menos dois anos de residência além de cursos que certifiquem que os médicos são capacitados para assumir uma vaga na UTI.

O presidente da categoria também alertou que médicos que atuam na linha de frente de combate à covid-19 já relatam que há dificuldades de acesso à medicamentos e que a falta de insumos atinge tanto hospitais filantrópicos quanto os públicos e particulares do Espírito Santo.

O UOL entrou em contato por e-mail e telefone com a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) para confirmar se havia dificuldades na contratação de novos médicos para atuar nas alas de UTI para pacientes da covid-19, mas até o momento da publicação desta matéria, não obteve retorno.

Ampliação de restrições no Espírito Santo

Para conter o avanço do novo coronavírus no estado e minimizar os impactos da doença no sistema de saúde, novas medidas restritivas foram decretadas pelo governador Renato Casagrande (PSB) e passaram a valer desde a última quinta-feira (18). Todas as medidas seguem em vigor até 31 de março.

Ficou proibida a realização de reuniões familiares e qualquer tipo de evento social, além de atividades educacionais presenciais e o uso de parques públicos. O governo do Espírito Santo também ampliou as medidas para os condomínios e prédios, que devem limitar a utilização das áreas comuns.

Igrejas e templos religiosos devem transmitir os cultos e missas pela internet, preferencialmente. Também ficou suspenso o funcionamento de drive-thru ou take away (pague e pegue). No entanto, serviços de entrega de produtos em domicílio poderão funcionar.

Durante os domingos e feriados, fica proibido o atendimento ao público presencial nos serviços e atividades essenciais, exceto para farmácias, postos de combustíveis, assistência à saúde, assistência social e atendimento à população em situação de vulnerabilidade, serviço funerário e transporte público coletivo e de passageiros.

O decreto determina que os estabelecimentos não essenciais deverão manter as portas fechadas, com proibição de circulação do público no seu interior das lojas, e também atendimento ao público com ou sem horário marcado.