Sputnik: Anvisa diz que cobra 'questões básicas' e refuta ataques
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) repudiou as críticas e ataques que recebeu por não ter aprovado a vacina russa contra a covid-19, a Sputnik V. Em comunicado divulgado hoje, a agência declarou que cobra questões básicas e que os requisitos para as vacinas são baseados na ciência.
"A Anvisa não está acima das críticas, mas são inadmissíveis os ataques à autoridade sanitária do Brasil e aos seus servidores públicos, que vem atuando conforme a missão de servir ao Estado brasileiro e de promover a proteção da saúde da população", diz o comunicado.
A agência disse que os principais motivos que levaram a decisão de não autorizar a importação da vacina foram a falta de informações sobre segurança, qualidade e eficácia. A Anvisa também informou que exigiu, por exemplo, o relatório técnico ou dados de toxicologia da Sputnik V, dados de segurança por faixa etária, dados sobre as respostas imunes induzidas pela vacina, entre outros documentos.
"O que vem sendo exigido são questões básicas para uma vacina e não são motivos para indignação e tentativa de difamação do Brasil e dos seus servidores", declarou. "A Anvisa já aprovou outras cinco vacinas e a autorização do processo da vacina Sputnik V depende do desenvolvedor, ou seja, os estudos devem ser apresentados, dúvidas devem ser esclarecidas e resolvidas referentes às questões exaustivamente já apontadas."
O Instituto Gamaleya, responsável pela fabricação da Sputnik V, fez críticas à agência brasileira nos últimos dias e afirmou que a decisão de não aprovar o imunizante é de "natureza política". No último dia 29 de abril, o Instituto declarou que vai processar a Anvisa por difamação.
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