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SP: Temendo novo colapso, capital compra kit intubação, EPIs e abre leitos

27.abr.2021 - Secretaria Municipal Saúde de SP entrega miniusina de oxigênio para o Hospital Dia Flávio Gianotti no bairro do Ipiranga zona sul da capital paulista Imagem: Suamy Beydoun/Estadão Conteúdo

Leonardo Martins e Lucas Borges Teixeira

Do UOL, em São Paulo

07/05/2021 04h00

A Prefeitura de São Paulo decidiu investir na abertura de leitos de enfermaria e UTI e na compra de kit intubação, equipamentos de proteção e oxigênio. A Secretaria Municipal de Saúde teme mais uma explosão de casos e internações por covid-19.

Ao UOL, o secretário de Saúde, Edson Aparecido, afirmou que 19 usinas de produção de oxigênio estão sendo construídas na capital para dar conta de abastecer hospitais municipais em caso de superlotação, como aconteceu em março e abril.

Aparecido disse que a prefeitura está comprando kit intubação e equipamento de proteção individual, como máscaras, luvas e óculos, principalmente para funcionários que trabalham em unidades de saúde. Ele prometeu, também, a criação de 200 novos leitos de enfermaria e 45 leitos de UTI em hospitais públicos.

Com a flexibilização do comércio e serviços não essenciais, anunciada pelo governo estadual, a tendência é que mais pessoas sejam contaminadas. A prefeitura não descarta a possibilidade de, neste momento, estarmos no início de um terceiro colapso no sistema de saúde.

Cidade 'precisa estar preparada'

À reportagem, Edson Aparecido disse que a cidade "precisa estar preparada". "Estabilizamos em 80% de ocupação [de UTI], ainda é alto. Parou de crescer, mas isso não significa que a situação está tranquila", avaliou. "Se os indicadores tornarem a subir, em uma terceira onda, podemos voltar àqueles índices [acima de 90%] rapidamente."

Os principais pontos, ele diz, são manter medidas de isolamento social e acelerar a vacinação.

Não é só abrir novos leitos. Temos que vacinar quem conseguir vacinar e, até lá [vacinação majoritária], seguir com as restrições necessárias.
Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde

A capital já formalizou interesse de compra das vacinas Johnson & Johnson, Pfizer, além de manter conversas com um laboratório cubano que produz imunizantes contra o novo coronavírus.

"Estamos vendo o impacto da vacinação dos mais idosos, agora vamos a outros grupos prioritários. São Paulo tem conseguido manter seu programa, com casos isolados de problemas com a segunda dose, mas precisamos das vacinas", conclui o secretário.

Expectativa de mais flexibilização

Apesar de não ter o apoio do Centro de Contingência ao Coronavírus em São Paulo, a expectativa é que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anuncie novas flexibilizações nesta sexta-feira (7).

Após algumas semanas de tendência de estabilidade, as internações por covid-19 no estado de São Paulo voltaram a crescer nos últimos três dias, revelam os dados levantados pela plataforma Infotracker, da Universidade de São Paulo, a pedido do UOL.

O número de casos aumentou 2,5% na última semana, segundo o governo de São Paulo.

Segundo a plataforma Seade, usada pelo governo paulista para monitorar os dados de covid, a taxa de ocupação de leitos de UTI está em 78,2% —em março, passou de 90%. O estado soma, desde o início da pandemia, 2,9 milhões de casos e quase 100 mil (99.406) mortes por causa da covid.

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