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Presidente do Conass diz que já estamos "diante de uma terceira onda"

Carlos Eduardo Lula prevê ainda aumento de problemas respiratórios por conta do inverno - Karlos Geromy/Governo do Maranhão
Carlos Eduardo Lula prevê ainda aumento de problemas respiratórios por conta do inverno Imagem: Karlos Geromy/Governo do Maranhão

Do UOL

21/06/2021 23h05

O presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Carlos Lula, afirmou hoje que já estamos "diante de uma terceira onda" da covid-19. A situação, comparada por ele como a "escalada da montanha", deve-se pelo aumento no número de casos de coronavírus, que não diminuiu desde março.

Entre março e abril, o número de mortes registrou queda, porém, agora a situação se reverteu. Hoje, o país completou cinco dias consecutivos de alta na média móvel de óbitos. Além disso, foram registradas 899 novas mortes nas últimas 24 horas, mas a média de sete dias continua acima de 2.000 óbitos por dia. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.

O secretário de saúde, que também é advogado, lembra que a tendência é ocorrer crescimento de casos de pacientes com problemas respiratórios devido o início do inverno.

"A gente já vai ter um incremento também de problemas respiratórios que devem aumentar o número de casos. De modo que eu quero acreditar que sim, a gente está subindo a montanha. Está começando a escalada da montanha da terceira onda", disse em entrevista para O Globo.

Número de óbitos por covid passa de 502 mil

O total de óbitos chegou hoje a 502.817. A média móvel de mortes está acima de 1.000 há 152 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.

A média móvel diária de mortes é a melhor forma de analisar o comportamento da pandemia no país. O dado de hoje é comparado com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.

Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos. Oito estados apresentaram tendência de aceleração, enquanto 14 e o Distrito Federal tiveram estabilidade. Apenas quatro tiveram queda na média móvel: Espírito Santo, Acre, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Das regiões, Sudeste (25%) e Sul (60%) apresentaram aceleração. Já Centro-Oeste (4%), Nordeste (-4%) e Norte (4%) se mantiveram estáveis.