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Bolsonaro é contra cercear a liberdade, e não contra a vacina, diz ministro

Do UOL, em São Paulo

17/01/2022 15h07Atualizada em 17/01/2022 15h31

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, criticou hoje quem disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não é a favor da vacinação contra a covid-19, embora o próprio afirme que ainda não tomou nenhuma dose contra a doença, por mais que já pudesse.

A fala de Gilson Machado se deu durante entrevista ao UOL News - Tarde, programa do Canal UOL. O ministro teceu as críticas logo após o historiador Marco Antonio Villa, colunista do UOL, criticar os trabalhos do governo federal no combate à pandemia.

"O presidente nunca foi contra a vacinação, nunca foi contra a vacina. Tanto que é que ele comprou 600 milhões de doses [de imunizantes]", afirmou, destacando que o Brasil já ultrapassou os Estados Unidos em índices de vacinação.

Cerca de 68% da população dos Brasil já recebeu ao menos duas doses da vacina contra a covid-19, enquanto nos Estados Unidos o índice é de 62%, segundo dados atualizados ontem pelo painel Our World in Data, da Universidade de Oxford (Reino Unido).

Na avaliação do ministro, Bolsonaro não é contra as vacinas, mas "contra o cerceamento da liberdade e do direito de escolher das pessoas", no sentido de não adotar medidas como a obrigatoriedade de apresentação de certificados de vacinação contra a covid-19.

Ainda assim, o presidente tem, desde o começo da pandemia, dado falas que miram a credibilidade das vacinas contra a covid-19, que são atestadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como seguras e eficazes contra a doença.

Em dezembro do ano passado, Bolsonaro compartilhou um vídeo de um homem chamando as vacinas contra doença do novo coronavírus de "porcaria".

No mesmo mês, Bolsonaro também afirmou que "a vacinação não impede o contágio" e voltou a defender a hidroxicloroquina, comprovadamente ineficaz contra a doença, como uma solução para o tratamento de pacientes com a enfermidade.

De fato, estudos científicos apontam que nenhuma vacina protege 100% de qualquer doença — mas já é comprovado que elas ajudam a reduzir o risco de infecção, hospitalização e morte por enfermidades, incluindo pela covid-19.

Em setembro, quando Bolsonaro embarcou para os EUA para participar de assembleia da ONU (Organização das Nações Unidos), ele era o único dos líderes do G20 (grupo composto pelas 19 principais economias mundiais e a União Europeia) sem ter se vacinado.

E além de não se vacinar contra a covid-19, Bolsonaro já disse que a filha dele, Laura, de 11 anos, também não terá a permissão dele para receber as doses contra a doença, sendo que a vacinação de crianças é defendida por especialistas de diversas áreas médicas.

Mesmo assim, desde que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a aplicação de doses pediátricas da Pfizer na faixa etária, Bolsonaro já atacou o trabalho órgão e cobrou publicamente os nomes dos servidores que liberaram o imunizante para o grupo.

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