MPF cobra Saúde sobre suspeita de 57 mil crianças vacinadas irregularmente
O MPF (Ministério Público Federal) na Paraíba enviou um ofício hoje para o Ministério da Saúde cobrando explicações sobre a suspeita de 57 mil crianças vacinadas fora dos padrões da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) contra a covid-19 no Brasil.
O número foi encaminhado da AGU (Advocacia-Geral da União) para o STF (Supremo Tribunal Federal) e repassado hoje no ofício. Os dados levantados pela advocacia demonstram que 14 mil crianças e adolescentes teriam recebido imunizantes da AstraZeneca, 20 mil teriam sido vacinados com a CoronaVac e 1 mil teriam tomado doses da Janssen.
Além disso, 18 mil menores de idade teriam recebido vacinas da Pfizer antes da chegada das doses pediátricas, o que "indica que foram aplicadas nessas crianças vacinas destinadas ao público adulto", segundo o documento enviado para a Saúde.
Até ontem no Brasil, o único imunizante aprovado para crianças era o da Pfizer em uma versão pediátrica, diferente da usada em adultos. Hoje, a Anvisa liberou do uso da vacina CoronaVac em crianças e jovens de 6 a 17 anos.
O MPF na Paraíba pediu que o Ministério da Saúde explique três pontos: dizer em quais municípios paraibanos foram utilizadas vacinas fora dos padrões para crianças; esclarecer se a Secretaria Estadual de Saúde foi oficiada a se manifestar sobre os dados; e confirmar "se os dados levantados pela AGU foram discutidos anteriormente em audiência pública do Ministério da Saúde realizada em 4 de janeiro".
Pela "urgência do caso", o MPF deu um prazo de cinco dias para a resposta do Ministério da Saúde, que deve elucidar os pontos levantados.
O UOL entrou em contato com o Ministério da Saúde e aguarda resposta.
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