Argentina confirma primeiro caso de 'hepatite misteriosa' na América Latina
O Ministério da Saúde da Argentina confirmou ontem um caso de hepatite aguda grave em um paciente de oito anos. O menino está sendo atendido em um hospital pediátrico de Rosário, a cerca de 300 km de Buenos Aires. Este é o primeiro caso da doença na América Latina.
No mês passado, a OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu um alerta sobre essa hepatite desconhecida, que está atingindo crianças e adolescentes previamente saudáveis. Ontem, a instituição informou que 228 casos foram registrados em ao menos 20 países, principalmente na Europa.
De acordo com a OMS, cerca de 10% dessas crianças precisaram de um transplante de fígado e há o registro de pelo menos uma morte.
O país com mais registros é o Reino Unido, que informou que a condição não está relacionada com a vacina contra covid-19, como espalhado nas redes sociais. Nenhum dos pacientes no país havia sido imunizado contra a doença porque eram jovens demais para receber as doses.
A hepatite é uma inflamação do fígado geralmente causada por uma infecção viral. Mas a doença também pode ser provocada pela exposição a alguns produtos químicos, consumo excessivo de álcool, drogas e certos distúrbios genéticos.
Segundo a OMS, as investigações ainda estão em andamento para descobrir o agente causador do que, neste momento, a entidade classifica como "hepatite aguda de etiologia desconhecida". Entre as hipóteses para a causa da doença, estão a infecção por um adenovírus ou outro tipo de agente. Os pesquisadores investigam ainda a possibilidade de o problema ser uma sequela da covid-19.
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