Ministério da Saúde confirma que 86 remédios estão em falta na rede pública
O Ministério da Saúde confirmou que 86 remédios, antes disponíveis na rede pública, estão em falta. A secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Sandra de Castro Barros, disse em coletiva de imprensa hoje à noite que os motivos não se limitam "à questão do preço" para fabricar os medicamentos.
Na coletiva, a secretária informou que o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) colaborou com a pasta e forneceu uma lista de 126 remédios observados em falta. "Dentre esses, batendo todas as listas e comparando, de 126 a gente conclui 86 medicamentos diferentes dos já citados e informados, estamos trabalhando nisso", falou.
Além disso, a pasta da Saúde disse ter solicitado redução na taxa para importar remédios com as seguintes substâncias:
- Amicacina sulfato, usado para infecções;
- Aminofilina, um broncodilatador;
- Cloridrato de dopamina, utilizado pós-infarto e em casos de choques séptico e anafilático;
- Dipirona, um anti-inflamatório;
- Fludrocortisona, comumente indicado para hipotensão postural e insuficiência adrenal;
- Leuprorrelina, que serve para tratamento de diversos tipos de câncer, endometriose e terapia hormonal;
- Neostigmina, para doenças que atingem os músculos;
- Oxitocina, utilizado no parto;
- Rivastigmina, para Alzheimer e Parkinson;
- Sulfato de magnésio, que previne convulsões;
- Soro fisiológico, que possui diversos usos e indicações.
Segundo a secretária, os motivos para a escassez dos remédios incluem lockdowns para conter a covid-19 na China e Índia, guerra da Rússia e da Ucrânia e redução de matéria-prima disponível. "Solicitamos à Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e eles avaliam caso a caso de importações liberadas", afirmou.
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