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Covid: Após 71 dias, média móvel de mortes volta a registrar queda

Brasil se aproxima da marca de 682 mil mortes causadas pela covid-19  - Ricardo Moraes/Reuters
Brasil se aproxima da marca de 682 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Ricardo Moraes/Reuters
Mariana Durães, Ricardo Espina e Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em São Paulo e em Balneário Camboriú (SC)

16/08/2022 18h24Atualizada em 17/08/2022 17h54

A média móvel de mortes causadas pela covid-19 no Brasil ficou em 176 e voltou a registrar queda após 71 dias. A última vez que isso aconteceu foi em 6 de junho. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

O índice, que estava em tendência de estabilidade há 29 dias, variou -16% hoje em comparação com 14 dias atrás. Se o valor fica acima de 15%, indica alta; abaixo de -15%, significa queda, e entre 15% e -15%, sinaliza estabilidade.

A média móvel é calculada a partir da média de mortes —ou de casos—, dos últimos sete dias. O índice é considerado por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia.

Três regiões do país acompanham o cenário nacional de tendência de queda na média móvel de mortes: Nordeste (-45%), Norte (-25%) e Sudeste (-23%). Já outras duas registram alta: Centro-Oeste (20%) e Sul (21%).

Em relação às unidades da federação, três apresentam aceleração da média móvel, oito estão estáveis e outras 14 em queda.

Nas últimas 24 horas foram registradas 213 novas mortes em decorrência da doença. O Acre, o Distrito Federal, o Piauí, Rondônia e Roraima, não registraram óbitos hoje. Já o Tocantins não atualizou os dados. Desde o início da pandemia foram 681.828 vidas perdidas no país.

O Brasil também teve 21.920 novos casos conhecidos de covid-19 nesta terça-feira (16). Ao todo, desde março de 2020, são 34.199.057 testes positivos comunicados.

A média móvel ficou em 19.058 e chegou ao 26º dia em queda. O índice teve variação de -39% em comparação com 14 dias atrás.

Todas as regiões do país apresentam queda na média móvel de casos: Centro-Oeste (-63%), Nordeste (-61%), Norte (-35%), Sudeste (-75%) e Sul (-30%).

Além disso, Distrito Federal e 25 estados registram queda na média móvel de casos. Nenhuma unidade da federação tem aceleração ou estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-38%)
  • Minas Gerais: queda (-43%)
  • Rio de Janeiro: estabilidade (-3%)
  • São Paulo: queda (-19%)

Região Norte

  • Acre: queda (-50%)
  • Amazonas: estabilidade (7%)
  • Amapá: estabilidade (0%)
  • Pará: queda (-24%)
  • Rondônia: queda (-48%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: não divulgou dados hoje

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-63%)
  • Bahia: queda (-44%)
  • Ceará: queda (-31%)
  • Maranhão: estabilidade (15%)
  • Paraíba: queda (-55%)
  • Pernambuco: estabilidade (13%)
  • Piauí: queda (-68%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-89%)
  • Sergipe: estabilidade (0%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-50%)
  • Goiás: alta (60%)
  • Mato Grosso: queda (-48%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (41%)

Região Sul

  • Paraná: alta (40%)
  • Rio Grande do Sul: estabilidade (6%)
  • Santa Catarina: estabilidade (5%)

Dados do governo

O Brasil registrou 206 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como aponta o boletim divulgado hoje (16) pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, a doença causou 681.763 óbitos em todo o país.

Pelos dados informados pelo ministério, houve 23.040 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 34.201.280 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 33.087.797 casos recuperados da doença até o momento, com outros 431.720 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.