SUS está mais bem preparado caso haja terceira onda de casos, diz Queiroga
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje que o SUS (Sistema Única de Saúde) está mais bem preparado para a eventualidade de uma terceira onde de casos de covid-19.
Queiroga também reafirmou que a ômicron, a mais nova variante do novo coronavírus, detectada inicialmente na África do Sul, é uma variante de preocupação, mas não de desespero.
As falas de Queiroga foram ditas em Salvador, onde o ministro assinou contrato com a Pfizer para a compra de 100 milhões de doses da vacina contra covid-19 do laboratório no ano que vem.
"Nós temos autoridades sanitárias comprometidas com a assistência de qualidade à nossa população. Hoje, se houver uma eventual terceira onda, temos uma condição muito melhor de assistir a nossa população", acrescentou o ministro.
O acordo com a Pfizer pode ser expandido para mais 50 milhões de doses no ano que vem, levando o total a 150 milhões de doses do imunizante.
Também presente na cerimônia, a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Diez, disse que o acordo pode incluir eventuais evoluções da vacina para fazer frente à variante ômicron.
Queiroga disse que o governo também usará na campanha de vacinação contra covid-19 no ano que vem as doses remanescentes deste ano, e 120 milhões de doses da AstraZeneca que chegarão ao país no ano que vem.
Sem citar diretamente a CoronaVac, vacina contra covid-19 do laboratório chinês Sinovac, envasada pelo Instituto Butantan e que deu largada à campanha de vacinação contra covid-19 no Brasil em janeiro, Queiroga disse que o ministério irá comprar apenas vacinas que têm registro definitivo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A CoronaVac tem, por enquanto, apenas autorização para uso emergencial. "Não há mais motivo para fazer aquisição de imunizante com registro emergencial", disse o ministro.
A CoronaVac tem sido alvo de atritos frequentes entre o governo federal e o do estado de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado. O governador paulista, João Doria (PSDB), e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) são inimigos políticos.
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