Quanto mais puro o ar menos crianças têm problemas pulmonares, diz estudo
As regras referentes à qualidade do ar no Sul da Califórnia levaram a grandes reduções na poluição atmosférica nas últimas duas décadas. Um novo estudo afirma que o ar mais limpo foi acompanhado por um decréscimo significativo em problemas pulmonares nas crianças.
Pesquisadores acompanharam três grupos de crianças no sul da Califórnia: alunos da quarta série de 1993 até a formatura no ensino médio em 2001; alunos da quarta série de 1996 a 2004; e um grupo de alunos do jardim de infância e da primeira série de 2003 a 2012. No total, 4.602 crianças participaram.
Publicado no periódico "JAMA", o estudo utilizou dados sobre ozônio, dióxido de nitrogênio e material particulado de cada ano. Os pais também forneciam atualizações regulares sobre sintomas como tosse e produção de catarro nos filhos.
Entre as crianças com asma, a redução na poluição atmosférica estava associada a decréscimos nos sintomas respiratórios. Por exemplo, nas crianças com asma, a redução no material particulado fino estava ligada a uma retração de 32% nos sintomas, enquanto os níveis baixos de ozônio foram associados a um declínio de 21%.
As associações eram fracas, mas mesmo assim significativas, nas crianças asmáticas.
"Claramente, a redução nos níveis de poluição atmosférica foi traduzida em melhorias na saúde respiratória", disse o principal autor, Kiros Berhane, da Universidade do Sul da Califórnia.
Morar perto de área verde pode ajudar a prolongar a vida
Pesquisadores monitoraram 108.630 mulheres que preencheram questionários bianuais sobre saúde e estilo de vida entre 2000 e 2008. Durante esse período, 8.604 morreram. Usando imagens de satélite, os cientistas localizaram o tamanho da vegetação sazonal onde as mulheres moravam. O estudo controlou fatores como status socioeconômico, idade, raça, índice de massa corporal, atividade física, tabagismo e educação, entre outros.
Na comparação entre quem vivia em meio a uma maior ou menor quantidade de vegetação em uma área de 250 metros quadrados ao redor de sua casa, a mortalidade do primeiro grupo era 12% inferior. O estudo foi publicado em "Environmental Health Perspectives".
Quem mora nas proximidades de áreas verdes apresentou uma taxa de mortalidade 34% menor no caso de doenças respiratórias e 13% menor em se tratando de câncer. A área verde não afetou o índice de óbitos ligado a doenças cardíacas coronarianas, diabete, acidente vascular ou por infecções.
O principal autor, Peter James, pesquisador associado de Harvard, contou haver quatro fatores em áreas verdes que ajudam a explicar esses números: menor poluição atmosférica, maior atividade física, maior envolvimento social e, o mais importante, melhor saúde mental, medida por uma menor prevalência de depressão.
"Não quer dizer que seja necessário se mudar para o interior. Encontramos as associações em áreas urbanas e rurais. Qualquer vegetação em maior extensão – maior número de árvores na rua, por exemplo – parece reduzir a taxa de mortalidade", disse James.
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