'Meu cliente é um completo idiota, mas não é terrorista', diz advogada de suspeito
A advogada de defesa de um americano acusado de ter planejado a decapitação da blogueira conservadora Pamela Geller em nome do Estado Islâmico afirmou que seu cliente "é um completo idiota", mas não é culpado.
David Wright, de 28 anos, reponde processo por ter planejado o crime --que nunca foi colocado em prática-- junto com seu tio e uma terceira pessoa. O trio foi motivado por um concurso de caricaturas do profeta Maomé organizado por Geller, no Texas.
Segundo a advogada Jessica Hedges, Wright só se interessou em se juntar ao Estado Islâmico porque estava deprimido, pesava mais de 220 kg, morava com sua mãe e não tinha emprego.
No mundo online do Estado Islâmico, o americano encontrou a atenção que buscava e tinha a habilidade de fingir ser outra pessoa.
"Em 2015, David sentia-se muito gordo, fracassado e vivia em um mundo de ideias fantásticas", disse Hedges aos jurados no tribunal federal de Boston. "Ele se escondeu atrás das telas, procurando uma fuga, procurando uma distração de quem ele realmente era".
Wright é acusado de obstrução da justiça, de conspirar para fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira e planejar atos de terrorismo que transcendem as fronteiras nacionais. Ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Os promotores tentaram retratar Wright como o líder da conspiração, argumentando que ele recrutou seu tio Ussamah Rahim, de Boston, e outro homem, Nicholas Rovinski, de Warwick, Rhode Island, para ajudá-lo a atacar.
Os três homens concordaram em matar Geller no verão de 2015 após o concurso de caricaturas no suburbano de Dallas, dizem os promotores. Durante o evento, outros dois homens abriram fogo do lado de fora do local e feriram um segurança antes de serem mortos em um tiroteio com policiais designados para proteger o concurso.
Wright queria fazer outros ataques nos EUA e infligir mais dano do que o causado pelo bombardeio da Maratona de Boston porque, em suas palavras, "isso não era suficiente".
Pela internet, Wright disse a outra pessoa que ele estava entre os dezenas de combatentes do Estado Islâmico nos EUA e que estavam prontos para agir, disse a promotora Stephanie Siegmann. A pessoa com quem Wright estava conversando estava secretamente trabalhando para o FBI e é esperada para testemunhar no julgamento.
A advogada Jessica Hedges admitiu que muitas das coisas que Wright lia e dizia eram "perturbadoras". Mas, segundo ela, o americano nunca feriu ninguém e suas palavras sozinhas não são suficientes para condená-lo.
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