Multa da União Europeia derruba lucro do Google
A Alphabet, matriz do Google, anunciou nesta terça-feira (30) uma severa queda em seu lucro no primeiro trimestre do ano devido às elevadas multas impostas pela União Europeia (UE).
O grupo informou que seu lucro trimestral caiu 29%, para US$ 6,7 bilhões, enquanto a receita subiu 17%, para US$ 36,3 bilhões.
O lucro foi reduzido por uma multa de US$ 1,7 bilhão aplicada pela União Europeia no final de março, destaca o relatório trimestral. Bruxelas considerou que o Google impediu que concorrentes publicassem anúncios.
A UE também avalia que o grupo usou seu sistema Android para impor seu buscador e o navegador Chrome em smartphones e tablets, bloqueando seus competidores.
Após a divulgação do relatório, as ações do gigante da web caíram 6,1% nas transações eletrônicas posteriores ao fechamento dos mercados. Apesar de o lucro bruto ter sido superior ao esperado, o volume de negócios foi menor que o estimado para o Google, que domina a área de buscadores e navegadores na web e o setor de telefonia móvel com o sistema operacional Android.
A chefe de finanças do grupo, Ruth Porat, destacou que os resultados mostraram um "robusto crescimento" liderado pela busca nos smartphones, anúncios no YouTube e serviços em nuvem:
Seguimos com foco e entusiasmados com o significativo crescimento de oportunidades em nossos negócios
A lucrativa plataforma de anúncios do Google segue como a principal fonte de renda da Alphabet, com US$ 30 bilhões, mas os custos também subiram muito.
O grupo sofreu ainda perdas no quesito "Outras Apostas", que inclui o projeto de carro autônomo Waymo, o serviço de ciência e tecnologia Verily, as entregas com drone e a difusão da Internet em locais remotos.
"Outras Apostas" sofreu uma perda operacional de US$ 858 milhões, contra US$ 571 milhões há um ano, com o faturamento subindo modestamente a US$ 170 milhões.
Mas vários projetos caminham para o sucesso: Wing se tornou a primeira companhia de entrega por drone certificada pelas autoridades federais dos EUA e Waymo começou a desenvolver táxis autônomos através de uma aliança com fabricantes de carros.
E o setor de serviços na nuvem segue sendo "o que mais rapidamente cresce na Alphabet, com um grande aumento dos clientes e, em particular, graças aos nossos produtos de computação e análise de dados", destacou Porat.
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