YouTube faz "muitas mudanças" após polêmica de anúncios em vídeos ofensivos
A diretora-executiva do YouTube, Susan Wojcicki, afirmou nesta quinta-feira que o portal implementou "muitas mudanças" após grandes companhias denunciarem que seus anúncios publicitários apareciam inseridos em vídeos com conteúdos ofensivos.
Em um encontro com veículos de imprensa e analistas em Berlim, Susan afirmou que o YouTube, pertencente ao gigante americano Google, melhorou de forma considerável sua capacidade de detectar e eliminar conteúdos racistas e xenófobos, e deu mais opções aos anunciantes para controlar os vídeos nos quais aparece sua publicidade.
"Implementamos muitas mudanças" em ambos os aspectos, indicou Susan sobre a polêmica levantada após queixas e críticas de grandes empresas como Starbucks, General Motors, PepsiCo, Wal-Mart e 21st Century Fox.
Algumas retiraram diretamente seus anúncios do YouTube, enquanto outras suspenderam total ou parcialmente seu investimento publicitário no Google, a principal fonte de receita da empresa tecnológica.
A diretora do YouTube se mostrou convencida de que, após as mudanças, os anunciantes se sentirão "mais à vontade" com os conteúdos com os quais sua marca é associada.
Susan explicou a complexidade de encontrar o equilíbrio adequado na gestão do imenso conteúdo digital que o YouTube controla, evitando tanto o risco de exagerar e cair na censura, como o de ser permissivo demais com vídeos inapropriados.
Como exemplo, explicou que em uma ocasião vários usuários denunciaram como inadequado um vídeo musical pelo fato de incluir conteúdo LGBT, mas que o YouTube manteve.
Susan também lembrou que o portal segue a regulação correspondente em cada país e, além disso, aplica seus próprios códigos internos em nível global, que proíbem a difusão de conteúdo pornográfico e violento.
O diretor-executivo do Google, Philipp Schindler, se desculpou publicamente na semana passada pela polêmica dos anúncios e garantiu que a companhia estava "revisando extensivamente" suas políticas de anúncios e ferramentas enquanto introduzia "a marca" para facilitar aos anunciantes o controle dos conteúdos onde aparecem.
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