Huawei nos EUA: Google faz pressão e pede decisão de Trump
Os executivos de sete gigantes da tecnologia, incluindo Google e Intel, pediram na segunda-feira ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tome uma decisão sobre a atividade comercial da empresa chinesa Huawei no país, informou a Casa Branca em um comunicado.
O líder se reuniu ontem à tarde na Casa Branca com os diretores de sete gigantes da tecnologia (Google, Intel, Cisco, Qualcomm, Micron, Broadcom e Western Digital) com o objetivo de abordar o veto que Washington impôs em maio a Huawei para restringir a sua atividade comercial nos EUA.
Na reunião, de acordo com a Casa Branca, os líderes das empresas de tecnologia pediram a Trump que o Departamento de Comércio e Tesouraria dos Estados Unidos, que tem a lista negra da Huawei, decidisse "em tempo hábil" sobre as restrições que pesam sobre a companhia chinesa.
Em resposta, Trump concordou "com os pedidos" dos empresários, segundo a declaração da Casa Branca.
O encontro aconteceu em um momento em que as empresas de tecnologia estão pressionando o governo dos EUA para que Trump cumpra a promessa feita durante a cúpula do G20 e permita a Huawei que venda chips e outros pequenos componentes para empresas americanas.
Em maio, os EUA proibiram a Huawei vender seus equipamentos de telecomunicações a empresas americanas por suspeitar que a companhia chinesa pudesse aproveitar esses sistemas para espionagem.
Essa proibição impediu que os gigantes da tecnologia dos EUA, como o Google, fizessem negócios com a Huawei.
Na verdade, Google teve que deixar de prestar assistência a Huawei em questões de software; de forma que, se o veto de Trump continua, os novos dispositivos da Huawei não poderão acessar o Google e também não utilizarão os aplicativos desenvolvidos pela empresa americana, como Google Play Store.
Na recente cúpula do G20 em junho, Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, concordaram com uma nova trégua em sua guerra comercial, na qual Washington suspendeu a imposição de novas tarifas à China e concordou em permitir que a Huawei vendesse pequenos componentes, como chips, a empresas americanas.
No entanto, até agora, essa promessa não se materializou e há uma grande confusão entre aqueles que usam dispositivos Huawei.
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