Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro são os Estados mais conectados à internet, diz FGV
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O Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro são os Estados com maior acesso domiciliar à internet no Brasil, segundo revela o Mapa da Inclusão Digital divulgado, nesta quarta-feira (16), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.
No ranking de Estados brasileiros, o DF aparece com 58% dos lares com acesso à rede mundial de computadores, seguido de SP com 48%, RJ 44%, SC com 41% e PR com 38.7%.
Já os Estados menos conectados são os da região Norte e Nordeste, entre eles Alagoas, Maranhão, Piauí e Pará.
“A brecha digital implica uma desigualdade crescente”, analisa o economista Marcelo Neri, coordenador do estudo do Centro de Políticas Sociais da FGV. O estudo também revelou que um terço das casas do Brasil tem acesso à rede.
O Estado menos conectado é o Maranhão na última posição com quase 11% de acessos domiciliares à internet. Em penúltimo lugar está o Piauí com 12.8%, Pará com 13.7%, Ceará, 16% e Tocantins de 17% (Confira os números na tabela abaixo).
Ranking de Estados de acesso à internet por domicílio
1º Distrito Federal | 58.7% |
2º São Paulo | 48% |
3º Rio de Janeiro | 43,9% |
4º Santa Catarina | 41,6% |
5º Paraná | 38,7% |
6º Rio Grande do Sul | 36,76% |
7º Espírito Santo | 36,73% |
8º Minas Gerais | 32,6% |
9º Mato Grosso do Sul | 30,7% |
10º Mato Grosso | 28,92% |
11º Goiás | 28,9% |
12º Rondônia | 24,8% |
13º Rio Grande do Norte | 22% |
14º Bahia | 21,3% |
15º Pernambuco | 21,28% |
16º Sergipe | 21,27% |
17º Acre | 21% |
18º Paraíba | 19,4% |
19º Roraíma | 18,9% |
20º Amazonas | 18% |
Municípios mais conectados
O Mapa da Inclusão Digital apresentado pela FGV em parceria com a Fundação Telefônica divulga que os cinco municípios mais conectados à internet a partir dos domicílios é São Caetano, no ABC paulista, seguido de Vitória (ES), Santos (SP), Florianópolis (SC) e Niterói (RJ).
Ranking de cidades em acesso à internet por domicílio
1º São Caetano (SP) |
2º Vitória (ES) |
3º Santos (SP) |
4º Florianópolis (SC) |
5º Niterói (RJ) |
6º Curitiba (PR) |
7º Santo André (SP) |
8º São José (SC) |
9º Valinhos (SP) |
10º Americana (SP) |
Capitais como Belo Horizonte está na 12ª posição, seguido de Brasília no 13º lugar e a capital paulista na 19ª posição de conexão domiciliar à internet.
Classe AB é quem mais acessa
Segundo o coordenador do levantamento, Marcelo Neri, os municípios mais conectados têm relação direta à quantidade de pessoas de classe AB que residem neles.
“O acesso à internet em casa tem a ver com a classe AB, a internet é o símbolo das altas classes”, discutiu Neri. Só a cidade de São Paulo concentra 22% da classe AB do Brasil, enquanto a cidade do Rio de Janeiro reúne 17% da classe AB.
Entre os 5.565 municípios brasileiros, 18 não têm acesso domiciliar à internet, revela o estudo da FGV. Todos estão situados nas regiões Norte e Nordeste, entre eles, São Lourenço do Piauí (PI), São João da Ponta (PA), Caxingó (PI) e Pracuúba (AP).
Esta proporção dos municípios não incluídos digitalmente representa 0,32%, um valor considerado baixo, segundo Neri.
“Não existe nenhum bem de consumo que cresça mais que o computador e internet no Brasil”.
O acesso domiciliar à internet no Brasil cresceu de 8.2% para 28.5%, de 2001 para 2009.
Na divisão de classes, a AB é a que mais acessa a internet de casa, 75.8%, enquanto porcentagem de pessoas da nova classe média que se conecta à internet é de 33%. Já as classes D e E (com renda até R$1.085) representam 9,7% e 6,7%, respectivamente.
Segundo Neri, o Brasil está vivendo um momento de crescimento de acesso à internet. “Cada classe tem mais acesso à internet com o aprofundamento da inclusão digital. De 2003 a 2009, 33 milhões de pessoas migraram para a classe C e a inclusão digital da classe C dobrou”, analisou.
Outro ponto de destaque no Mapa da Inclusão Digital é em relação ao nível de educação da população. Segundo revela a pesquisa, a educação é necessária para o uso da internet no Brasil. “Uma brasileiro com nível superior de acessar a internet é 100 vezes maior que um analfabeto. A educação é fundamental para a era da informação”, disse Neri.
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