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Com piloto automático, voar com drone Phantom 4 é acessível a "quase" todos

Phantom 4 - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Larissa Leiros Baroni

Do UOL, em São Paulo

09/06/2016 06h00

Voar sem sair do chão e, ainda assim, ter a visão privilegiada das alturas. Essa é a sensação de comandar um drone. Mas se engana quem pensa que essa aventura é restrita a profissionais. Com o Phantom 4, da empresa chinesa DJI, voar se tornou acessível para "quase" todos.

A dificuldade não está no manuseio do drone, que pode decolar automaticamente e é inteligente o suficiente para desviar de objetos, bem como para seguir objetos determinados. No entanto, são necessários R$ 8.500 para ter em mãos uma máquina dessa.

Frank Wang, fundador e CEO da DJI, reconhece que o preço é um dos principais impeditivos para a popularização dos drones, no entanto, ele justifica o valor com o alto investimento para se criar uma tecnologia nova.

"Apenas com preços mais acessíveis e com condições técnicas que garantam uma pilotagem simples é que o mundo inteiro vai aceitar os drones, do mesmo modo que acontece hoje com smartphones e tablets. Porém, sei que eu não sou a única pessoa do mundo com o sonho de voar."

É fácil voar 

Para quem só pilotou (ou melhor: tentou pilotar) dois drones, a experiência com o Phantom 4 foi mais do que satisfatória. Lembro que meu primeiro desafio foi em uma feira de tecnologia, mas, lamentavelmente, não consegui manter a estabilidade de voo necessária para colocá-lo no ar. Foram ao menos três tentativas e todas elas tiveram o mesmo fim: o aparelho estatelado no chão.

O que parecia ser uma missão impossível se mostrou muito mais fácil com o lançamento da DJI. A tensão de uma principiante começa quando o drone, colocado no chão, é preparado para ganhar os ares. O barulho das hélices só aumenta os batimentos cardíacos e dá ainda mais emoção à experiência. Conectado a um tablet ou a um celular, basta dar o comando para que ele decole automaticamente.

Com ele no ar, pequenos toques são suficientes para acelerar ou reduzir a velocidade, assim como para aumentar ou diminuir a altitude. O drone voa, segundo a fabricante, a uma altura máxima de 500 metros e, no módulo esporte, pode chegar a uma velocidade de 72 km/h. O que é muito rápido.

Todos os passos do Phantom 4 podem sem gravados em 4K, com a opção da captura de imagens em câmera lenta. É possível ainda fazer fotos com um sensor de 12 MP. Algo mais do que suficiente para fazer imagens com boa definição, cores vivas e considerável profundidade de campo. E não se preocupe tanto com os movimentos bruscos. O drone conta com uma estabilização mecânica de imagens de 3 eixos que anula parcialmente os chacoalhões.

Se a facilidade é um atrativo para pessoas leigas, pode também colocar em xeque a segurança aérea. "Nunca deixamos de nos esforçar para que nossos drones ficassem cada vez mais fáceis de operar, suficientemente acessíveis para que qualquer pessoa, depois de ler com atenção os manuais, pudesse pilotá-los. Mesmo assim, consideramos que devemos 'educar' os novos clientes", diz o CEO, que aponta vídeos de orientação feitos pela empresa para educar seus clientes.

Inteligente, muito inteligente

O Phantom 4 conta ainda com sensores capazes de identificar obstáculos em meio ao percurso. Nessas situações, o drone pode ser programado para parar ou para tentar desviar da barreira (seja horizontal ou verticalmente). Mas cuidado! Os sensores não funcionam quando o objeto não tripulado está no modo esporte --que melhora a capacidade de voo--, em ambientes de pouca luz ou diante de objetos muito finos.

O Phantom 4 pode ainda seguir filmando um objeto, como um carro, ou uma pessoa. "Depois de conseguir tornar nossos drones muito mais estáveis e confiáveis, a DJI começou a pensar em criar um aparelho mais inteligente e capaz de, sozinho, fazer coisas mais interessantes, como por exemplo seguir pessoas e objetos em movimento. Apesar do avanço de tecnologia, a lógica comercial é também simples: um drone mais amigo do usuário chama mais a atenção e ganha o público em geral, e não fica restrito a um segmento de consumidores composto só por aficionados e entusiastas", explicou Wang.

Pena que a diversão dura pouco, isso porque a bateria do drone de 5.350 mAh, dura míseros 20 minutos. Com a aproximação do fim da carga, o drone volta para a local de onde decolou, a não ser que o sinal do GPS esteja fraco ou indisponível.