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Futuro da internet das coisas depende do uso da tecnologia de nuvem

Fabio Andrighetto/UOL
Imagem: Fabio Andrighetto/UOL

Fabio Andrighetto

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/09/2016 19h30

Na era em que a internet não está mais só nos PCs e celulares, mas também nos carros, roupas, móveis, e outros objetos de sua casa, a computação em nuvem ganha cada vez mais importância. Foi o que ressaltaram os maiores responsáveis por clouds do mundo --Microsoft, Google e Amazon Web Service--, durante encontro realizado pelo UOLDiveo, empresa do Grupo UOL, nesta quinta-feira (22).

"Para que a internet das coisas esteja presente em nosso cotidiano, faz-se necessário o uso da nuvem para o armazenamento de dados", explica Cassio Dreyfuss, da empresa de consultoria Gartner. Segundo ele, o cenário de negócios mostra a necessidade de uma abordagem flexível.

Dreyfuss exemplificou a mudança de paradigma gerada pela nuvem nas escolas. O que gerações anteriores denominavam como "minha classe", uma sala fechada com alunos fixos, logo deixará de existir. "No futuro, todos os negócios serão digitais."

Para José Nilo Martins, da Amazon Web Services, o processo de nuvem é irreversível para as empresas, que deixarão de armazenar seus dados em centros físicos (data centers). "Amigos não deixam amigos criarem Data Centers", brincou.

Diferentes tipos de nuvem

O Google aposta em uma plataforma de cloud aberta --similar ao Android, que possibilita adaptações para que o usuário encontre o formato que mais atende à sua demanda. 

Fabio Andreotti, chefe do Google da Plataforma de Nuvem na América Latina, também demonstrou a preocupação da companhia com a segurança e garantiu que o serviço é criptografado de ponta a ponta.

Já a Microsoft diz ter adequado a sua estratégia de computação em nuvem à nova era da empresa, mais aberta. Paula Bellizia, presidente da Microsoft Brasil, relembroua época em que o Office era exclusividade do Windows, mas agora está disponível para outros sistemas operacionais.

É com essa visão mais abrangente que a empresa aposta no modelo hídrido --que mescla as características da nuvem pública (opção mais barata por recorrer a provedores cloud) e da nuvem privada (servidores alocados dentro da empresa e com o nível de segurança maior).  

Marcos Peigo, Diretor de Operações da UOLDiveo, e Lauro de Lauro, Diretor de Marketing e Produtos UOLDiveo, defenderam o multicloud --que combina os diversos tipos de computação em nuvem para aproveitar a melhor característica de cada uma delas-- como uma forma de viabilizar o que já existe com as novas tecnologias para o desenvolvimento.

Para Piego, o conceito de um sistema completamente pronto, fechado, está obsoleto.