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Na briga de tops de linha, S8+ ganha por ser o mais bonito. Já o preço...

Gabriel Francisco Ribeiro

Do UOL, em São Paulo

03/05/2017 10h55

É inegável: olhar para um celular Galaxy S8+ é diferente de olhar para qualquer celular disponível no mercado atualmente. O lançamento da Samsung traz como maior novidade a sua “tela infinita” e encanta o mundo com o display enorme, sem aumentar efetivamente o tamanho do aparelho. Seria perfeito, não fossem alguns pequenos problemas...

Para começar, o alto valor: em pré-venda, custa R$ 4.399. Vale investir esse dinheiro em um celular? A resposta você pode encontrar em nosso review abaixo.

Tela de cair o queixo

A Samsung adotou para a edição 2017 da linha S o que chama de “tela infinita”. Tal nome é por dar mais imersão ao celular, ao retirar praticamente todas as bordas do aparelho e preencher com tela. E nós comprovamos: realmente o nome vale. A tela do S8+ é incrível e, apesar de aumentar o display para 6,2 polegadas, ele segue com quase o mesmo tamanho do S7 Edge que tinha tela de 5,5 polegadas.

Com o fim das bordas, sumiram do aparelho tanto o nome da Samsung em cima quanto os botões embaixo, deixando o smartphone mais elegante. Os botões agora estão presentes virtualmente, no mesmo lugar de antes. O corpo todo de vidro, porém, deixa o celular com marcas de dedo, que tiram um pouco da beleza do celular. 

Um ponto negativo da mudança e do fim das bordas é o leitor de digital ir para a traseira, em posição péssima ao lado da câmera. Em contrapartida, o S8+ conta com leitor de íris para ser desbloqueado, função que às vezes é chatinha por ter que afastar o celular de seu rosto e encaixar os olhos, mas funciona bem.

Vale dizer que o S8+ não foi o primeiro celular a aumentar a tela sem elevar o tamanho do aparelho, o que melhora a usabilidade do produto. O LG G6 foi anunciado um mês antes do modelo da Samsung e já está à venda no Brasil, mas o aparelho não causa o choque do S8+. O S8+,, contudo, segue muito grande e não é perfeito para usar com apenas uma mão - nisso, o S8 normal é melhor.

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A estranha proporção da tela do S8+, com 18,5:9, infelizmente deixa vários aplicativos funcionando no formato antigo padrão para celulares, de 16:9. Para ver vídeos, contudo, a tela do S8+ expande o conteúdo quando o formato é adequado e deixa a experiência incrível. Muito também graças à tecnologia Super Amoled Quad HD+, que deixa a qualidade do display muito melhor.

O celular ainda vem com a proteção Gorilla Glass 5, que teoricamente deixa o smartphone mais resistente a riscos e arranhões. Isso, contudo, não se comprova na prática. Em poucos dias de uso, o S8+ testado por nós já apresentou um pequeno risco na tela. Em testes mundo afora, comprovou-se ainda que ele é bastante frágil. Nada bom para o preço cobrado, né?

Desempenho (quase) sem problemas

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Um celular considerado top de linha tem que, teoricamente, ter um desempenho perfeito. O Galaxy S8+ quase atingiu essa meta, não fossem problemas em um dia de uso mais intenso. Quando o celular foi um pouco mais forçado (ainda que apenas no uso de apps populares como WhatsApp, Facebook e Instagam), o Facebook parou de funcionar em repetidas vezes e o aparelho esquentou.

Travada em uma função básica não é algo que esperamos de um celular top de linha. Ao menos, tirando essa falha, o smartphone rodou bem jogos, apresentou pouca lentidão e não teve outros problemas em um uso de pouco mais de uma semana. O celular veio ao Brasil com um processador da Samsung correspondente ao potente Snapdragon 835.

No teste de desempenho feito com o aplicativo Geekbench 4, o S8+ atingiu 6644 pontos quando considerados todos os seus núcleos. É o melhor desempenho de um celular nesse teste. Já quando considerado o desempenho de cada núcleo, o S8+ fez 1993 pontos. É superior ao S7, mas inferior ao iPhone 7, por exemplo.

O touch do smartphone também não foi perfeito. Em alguns momentos, há um atraso maior do que o comum entre o momento do clique do usuário e da ação ocorrer no smartphone. 

Bateria não explode

A bateria do S8+ não mudou muito – de fato, até sofreu queda de 3600 para 3500 mAh em comparação ao S7 Edge. A maior preocupação da Samsung, com certeza, era em termos de segurança. É bom lembrar as baterias explosivas do Galaxy Note 7, celular que foi até recolhido em um dos maiores desastres da companhia.

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Se por um lado as baterias não explodem, por outro também não fazem nenhum milagre. Elas têm um desempenho bom, na média do mercado atual. Em uso moderado (redes sociais, WhatsApp, alguns jogos), ela durará cerca de um dia, com a possibilidade de uma pequenina sobra para o dia seguinte.

O lado bom é que ela não desgasta ao assistir a vídeos, função principal do display da “tela infinita”. Mesmo assim, continua atrás de outros aparelhos com baterias superiores, como o Galaxy A9 e o Zenfone 3 Zoom.

Câmera não muda muito, mas continua ótima

Após fazer uma ótima câmera no Galaxy S7, a Samsung repetiu a fórmula para o S8 e S8+. A câmera principal segue com os mesmos 12 MP e continua uma das melhores do mercado, com ótima composição de cores, contraste de luz, autofoco e estabilização.

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Apesar disso, o celular fica sem alguns efeitos próprios de câmeras duplas, já presentes em modelos como iPhone 7 Plus, Zenfone 3 Zoom e LG G6. Os dois primeiros são capazes de criar o "modo retrato", desfocando o fundo - o S8+ consegue desfocar, mas não com a mesma eficiência. Já o LG G6 é único ao trazer uma lente grande angular que permite fotos no formato "olho de peixe". 

A câmera frontal, por sua vez, ganhou 3 MP, passando de 5 MP para 8 MP. Ela também tira boas fotos, mas não é tão excelente quanto a traseira. Em condições boas de iluminação, as fotos ficarão ótimas e com boa resolução. Mas se há uma luz forte ao fundo, por exemplo, as fotos poderão sair um pouco estouradas em termos de luz.

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Software da Samsung fica mais elegante

Uma crítica muito presente em aparelhos da Samsung é quanto ao software. Já é sabido que a empresa mexe bastante no Android puro e por vezes deixa o celular um pouco poluído. No S8+, o software da companhia ganhou uma repaginação, ficando mais elegante e simples.

O Galaxy S8+ foi ainda o primeiro celular a vir com o Bixby, assistente virtual da Samsung.O comando de voz do Bixby estará disponível a partir de julho, em inglês -- em português segue em desenvolvimento. É possível também usá-lo para reconhecer fotos, lugares e fichas. O botão que ativa o Bixby, logo abaixo do volume, é bem chatinho e muitas vezes pode ser acionado sem querer.

Em suma: vale a pena?

O Galaxy S8+ pode ser o celular mais bonito que a gente já viu, tem um desempenho muito bom, câmeras excelentes, mas... não vale o investimento de R$ 4.399. Pela nossa avaliação é muito difícil um celular valer tudo isso, mas se você quer ditar moda, com certeza chamará a atenção. O S8, que custa R$ 3.999 e tem como única diferença o tamanho da tela (também gigante), vale mais a pena, ainda que seja caro.

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É possível ainda esperar para ver se o preço cai nos próximos meses, o que costuma ocorrer com produtos da Samsung. Em termos de top de linha, contudo, é bom abrirmos o bolso. A LG acabou de lançar o LG G6 pelos mesmos R$ 3.999 do S8. O futuro iPhone provavelmente também não será muito mais barato, embora hoje seja possível encontrar o iPhone 7 a partir de R$ 3.499.

Direto ao ponto: Samsung Galaxy S8+

Tela: 6,2 polegadas Quad HD+ Super Amoled
Sistema Operacional: Android 7.0
Processador: Exynos 9 8895 Quad-core 2.3 GHz + Quad-core 1.7 GHz
Memória: 64 GB de armazenamento e 4 GB de RAM
Câmeras: 12 MP (principal) e 8 MP (frontal)
Dimensões e peso: 159.5 x 73.4 x 8.1 mm e 173 gramas
Bateria: 3.500 mAh
Pontos positivos: ótima tela e design
Pontos negativos: celular frágil e muito caro
Preço: R$ 4.399

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