Zenfone 5 entra na "iPhone X mania" com telona e câmera dupla até na selfie
Mais câmera, mais tela, mais inteligência artificial. A nova geração dos celulares intermediários da Asus, a linha Zenfone 5, continua na toada das anteriores: dar ao usuário mais e mais recursos pelo melhor custo-benefício possível. Para isso, a companhia trouxe para a MWC, em Barcelona, três modelos: o 5 comum e o 5 Lite, que no Brasil deve se chamar 5 Selfie, além do Zenfone 5Z.
Já usei os aparelhos, embora rapidamente, e gostei do que vi. No design, a empresa de Taiwan não teve muita cerimônia: usou pela primeira vez a tela sem bordas e com entalhe no alto, bem ao estilo do iPhone X. Ou "do Essential Phone, que fez isso antes", provoca o diretor global de marketing da Asus, o brasileiro Marcel Campos, referindo-se ao celular do criador do Android.
Detalhe: a Asus diz que a sua cópia do iPhone tem um entalhe no topo "26% menor" do que a concorrente americana. Mas a cópia do iPhone não para por aí: a Asus anunciou até os ZeniMoji, que lembra muito os Animojis da Apple - a Samsung também lançou algo semelhante para o S9, no último domingo.
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O Zenfone 5 adotou uma curiosa proporção de 19:9, necessária para dar conta do entalhe (com relógio, 4G e notificações) e ainda manter uns 18:9 para cortar vídeos em formato largo (widescreen), como faz o LG G6. 
De perto, o display de 6,2 polegadas é bonito e facilmente confundível com o celular da Apple. Mas Campos não parece preocupado com a semelhança, já que afirma que é uma tendência que, de fato, todo mundo está adotando. É o que o público deseja, não?
O Zenfone 5 Lite, de 6 polegadas, é mais convencional, sem display "infinito" ou entalhe. Ambas as telas são LCD convencional, nada de Oled.
A Asus continua apostando alto em câmeras parrudas. O Zenfone 5 tem câmera dupla traseira de 12 MP + 8 MP, e frontal de 8 MP. Já o Zenfone 5 Lite tem como maior destaque o conjunto de quatro lentes de câmera — duas atrás de 16 MP e duas na frente de 20 MP.
Com isso, você deve conseguir fazer uma panorâmica de até 120 graus, inclusive para selfies, além de retratos com desfoque ao fundo, como nos eternos rivais iPhone e Galaxy.
O mais interessante são os recursos de inteligência artificial, outra tendência que temos visto recentemente por aí. No Zenfone 5, ela "entende" dezesseis tipos de modos de foto, como cachorros, noite, neve e flores. O modo "noite", por exemplo, impede fotos estouradas e com ruídos nos pontos de luz. A IA da Asus também promete combinar mais de um modo se for necessário, como por exemplo flores na neve.
Em um teste rápido, numa sala simples e iluminada, não deu para explorar muito essa nova inteligência. As fotos ficaram boas, embora com a leve saturação que a Asus costuma pôr em suas câmeras. O enquadramento panorâmico se mostrou parecido com o que vimos no Zenfone 4, bem "olho de peixe", curvado nas bordas.
Por dentro, os Zenfones 5 e 5 Lite trazem processadores Snapdragon 626 e 630, respectivamente —chips bons para o dia a dia e só medianos para aplicações pesadas. No 5, são 4 GB ou 6 GB de RAM e 64 GB de armazenamento. No Lite, 4 GB/64 GB ou 3 GB/32 GB. Para intermediários, é mais que o bastante.
Os 3.300 mAh da bateria, por outro lado, parecem ser pouco, por mais que a Asus prometa um ganho de otimização com seu próprio app gerenciador de energia. Só com um teste mais longo saberemos.
O top de linha Zenfone 5Z traz o Snapdragon 845, potente processador visto em outros celulares novos da MWC 2018, como o Samsung Galaxy S9 e o Sony Xperia XZ2. Outras especificações altas do modelo são 8 GB de memória RAM, 256 GB de armazenamento e o mesmo conjunto de câmeras do Zenfone 5. Custará 479 euros (quase R$ 2 mil) a partir de junho.
A bateria dele é a mesma do 5, assim como a tela e o design. O 5Z, na verdade, é uma versão mais robusta do Zenfone 5.
*O repórter viajou a convite da Motorola
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