Pesquisa: usuário teme por seus dados online, mas compartilha mesmo assim

Uma pesquisa feita pela Salesforce, empresa americana de software on demand, com consumidores de 15 países (incluindo o Brasil) apontou que o usuário online se preocupa com seus dados que disponibiliza na internet, mas aceita compartilhar ainda assim. O assunto está quente principalmente após o escândalo do Facebook com roubo de dados de 87 milhões de pessoas pela Cambridge Analytica.

De acordo com o relatório, 62% dos entrevistados temem mais pela segurança de suas informações hoje do que há dois anos, mas a grande maioria (82%) aceita compartilhar dados pessoais para conseguir experiências melhores ou humanizadas e outros 85% aceitariam compartilhar informações relevantes para receber atendimento proativo.

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Os números são relevantes até porque a mesma pesquisa apontou que 45% dos usuários não têm certeza de como as empresas usam as informações que compartilham online.

Ainda na temática de tecnologia, 59% das pessoas que responderam às perguntas disseram que as empresas precisam oferecer experiências digitais de última geração para manter seus clientes. Já outros 59% se dizem abertos a organizações que usem inteligência artificial para melhorar sua experiência.

As novas experiências tecnológicas, para os consumidores, mudaram (ou estão mudando) suas relações com as marcas. As principais novas tendências citadas foram internet das coisas (60%), assistentes pessoais ativados por voz (59%) e inteligência artificial (51%).

A pesquisa foi feita com 6.700 consumidores em 15 países. No Brasil, foram ouvidas 450 pessoas.

E o Brasil?

Um dado específico do Brasil citado pela pesquisa aponta que 68% dos consumidores nacionais afirmam que a inteligência artificial já vem transformando ativamente suas expectativas com as marcas.

Os brasileiros também foram questionados sobre como as empresas poderiam aumentar a confiança entre clientes. Os consumidores responderam que elas deveriam ser mais transparentes sobre como utilizam os dados dos usuários, mostrar mais comprometimento para proteger essas informações e dar ao consumidor mais controle sobre o que pode ser coletado.