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Falha de segurança no Facebook não teve motivação política, mas financeira

Márcio Padrão

Do UOL, em São Paulo

18/10/2018 10h36

A última falha de segurança do Facebook que expôs dados de 29 milhões de usuários aparentemente foi causada por golpistas que queriam ganhos financeiros, em vez de motivação política ou ideológica.

É o que diz a reportagem do "Wall Street Journal" desta quarta-feira (17), que ouviu pessoas próximas à investigação interna do Facebook sobre o hack. Os responsáveis pelo ataque teriam sido spammers do Instagram e do Facebook que se passavam por uma empresa de marketing digital.

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O incidente está sob investigação desde o dia 25 de setembro, quando a equipe de segurança do Facebook descobriu o download de uma grande quantidade de tokens de acesso digital à rede social.

Esses tokens permitem o acesso a qualquer parte da conta do Facebook de um usuário, mas os spammers só acessam um conjunto limitado de informações em comparação com o que poderiam ter feito. Os golpistas eram motivados pelo dinheiro, e não pela ideologia, de acordo com as conclusões preliminares.

Na falha, 15 milhões de pessoas tinham seu nome e detalhes de contato (número de telefone, e-mail ou ambos, dependendo do que as pessoas tinham em seus perfis) acessados.

Além disso, outros 14 milhões de usuários tiveram outros detalhes, como sexo, idioma, localidade, status de relacionamento e religião recuperados, além dos dados anteriores. Um milhão de usuários envolvidos no caso não tiveram seus dados expostos.

As pessoas responsáveis por trás do ataque conseguiram explorar uma vulnerabilidade no recurso "Ver como" do Facebook, que permite aos usuários ver como o perfil deles fica para outras pessoas.

"Estamos cooperando com o FBI neste assunto. O FBI está investigando ativamente e nos pediu para não discutir quem pode estar por trás deste ataque", disse o vice-presidente de Gestão de Produto, Guy Rosen, segundo um porta-voz do Facebook disse ao portal "Mashable".

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