Banco Inter vai pagar R$ 1,5 milhão por vazamento de dados de clientes
O Banco Inter, primeiro a ser totalmente digital no Brasil, fechou um acordo com o MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) nessa terça-feira (18) e pagará R$ 1,5 milhão para instituições de caridade e de combate a crimes cibernéticos.
Em julho deste ano, o MP abriu uma ação civil pública contra a instituição bancária após o vazamento de dados de mais de 19 mil correntistas.
O órgão do Distrito Federal ficará encarregado de indicar as instituições públicas de combate a crimes virtuais que receberão juntas o total de R$ 1 milhão. As transferências deverão ocorrer até 31 de julho de 2019.
Os outros R$ 500 mil terão obrigatoriamente que ir para a caridade até o dia 30 de janeiro do próximo ano.
O caso se tornou público em maio. Três dias depois de começar a negociar a suas ações na Bolsa de Valores, o Banco confirmou que havia sido alvo de uma tentativa de extorsão feita por hackers.
só revelou em agosto que os dados de seus clientes realmente haviam sido vazados.
Apesar disso, a instituição bancáriaSegundo o Inter, a exposição das informações dos correntistas foi de "baixo impacto", mas o caso ainda segue sendo investigado pela Justiça de Brasília (o processo corre em sigilo) e pela Comissão de Valores Mobiliários.
Antes do acordo, o MPDFT havia pedido uma indenização por danos morais de R$ 10 milhões como pena.
O Banco Inter é controlado pelos donos da construtora MRV. No final de janeiro, a instituição financeira registrava 435 mil correntistas. Ela se tornou popular por ser 100% digital e porque não cobrava para abrir contas, fazer transferências e solicitar cartões.
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