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Tec do bem: sensor de unha identifica sinais de Parkinson e outras doenças

Pesquisadores acreditam que sensor pode vir a ajudar tetraplégicos - Divulgação
Pesquisadores acreditam que sensor pode vir a ajudar tetraplégicos Imagem: Divulgação

Rodrigo Trindade

Do UOL, em São Paluo

23/12/2018 16h48

Tecnologias causaram sérios problemas em 2018, como interromper o funcionamento de um aeroporto ou até interferir no processo democrático. Ainda assim, os avanços tecnológicos seguem sendo, em sua maioria, benéficos à humanidade. Um novo sensor criado pela IBM e revelado nesta semana é um exemplo do potencial de fazer o bem que acompanha a inovação.

O departamento de pesquisas da empresa de informática criou um acessório que é acoplado às unhas de pessoas e serve para identificar sinais de doenças como o mal de Parkinson a partir da atividade diária.

"Você usa sua mão para segurar objetos milhares de vezes por dia. A pesquisa da IBM criou pequenos sensores de unhas que foram feitos para ajudar a detectar e monitorar o progresso de doenças por meio de análise de inteligência artificial e a força de preensão", explica a IBM no vídeo que apresentou o projeto.

Preso à unha, o acessório registra as ações que alguém faz com as mãos durante o dia, desde escrever, digitar em um teclado, a usar uma vassoura ou faca. O sensor capta as variações de movimento e forma da unha e entrega dados de movimento, pressão e qualidade do aperto feito com a mão, enviando tudo isso para análise em um aplicativo.

O programa analisa as informações passadas e, com aprendizado de máquina, identifica padrões de força, tremores e outros sintomas de doenças. "Esses dados providenciam uma janela de como o cérebro e o corpo trabalham revelando detalhes sobre doenças crônicas como esquizofrenia e o mal de Parkinson", afirma a empresa.

E por que na unha? Além delas estarem nas mãos, utilizadas o dia inteiro, elas não trazem problemas que sensores colados na pele podem vir a ter: "Com pacientes mais velhos, sensores de pele podem trazer problemas, como infecções."

O artigo publicado pela IBM não informa quando o sensor poderá ser comercializado ou usado por um público maior, mas os pesquisadores da empresa vêm potencial na tecnologia, inclusive para ajudar tetraplégicos a se comunicarem.

Veja o vídeo de apresentação do sensor