Você tem noção do perigo que é usar o nome de alguém como senha?
Resumo da notícia
- Cerca de 95% dos brasileiros não põem caracteres especiais nas senhas
- Mais da metade (51%) usa a mesma senha para proteger várias contas
- Nome próprio, ou de um membro da família, é o dado mais usado como senha
- Pesquisa da Avast ouviu 1.372 usuários em novembro e dezembro de 2018
Vivemos cercados por senhas em todos os lugares. São tantos acessos em emails, redes sociais e serviços afins, e para não esquecer nada, fazemos senhas ruins e a repetimos em tudo. Uma pesquisa online da empresa de segurança digital Avast exemplifica bem a pouca criatividade que temos com nossas contas.
Segundo a pesquisa, realizada com 1.372 usuários da Avast no Brasil em novembro e dezembro de 2018, cerca de 95% dos brasileiros não consideram números, caracteres especiais e a alternação entre letras maiúsculas e minúsculas ao criar senhas. Além disso, também usam códigos com menos de dez caracteres. Ou seja: fazem justamente o contrário do que é preciso em uma senha forte.
Além disso, mais da metade dos brasileiros (51%) usa a mesma senha para proteger várias contas, colocando-as em risco de serem violadas.
Mesmo sabendo que reutilizar a mesma senha é arriscado, todos continuam fazendo, seja porque só conseguem memorizar um número limitado de senhas (52%), ou por não acharem que as informações de suas contas sejam valiosas (22%). No entanto, 12% responderam que são mesmo preguiçosos demais para mudarem suas senhas.
Erros mais comuns
O propósito de criar uma senha fácil de ser lembrada faz com que ela também possa ser facilmente descoberta. Assim, as pessoas costumam utilizar dados pessoais e informações que podem ser encontradas em suas contas nas redes sociais. Os mais comuns são:
- Seu nome ou o nome de um membro da família (23%)
- Seu aniversário (14%)
- Palavras relacionadas ao seu hobby (9%)
- O nome do seu animal de estimação (8%)
- O nome do seu livro ou filme favorito (6%)
- Nomes de celebridades (5%)
- O nome do site, no qual usa a senha (4%)
- Dados do endereço residencial (3%)
Segundo Luis Corrons, analista de segurança da Avast, os cibercriminosos coletam dados sigilosos, como credenciais de login de várias fontes, incluindo dados violados, e os vendem na dark net para que outras pessoas mal-intencionadas explorem essas informações. Um exemplo disso é o banco de dados Collection #1, que envolveu 87 GB de dados sigilosos roubados, incluindo mais de 770 milhões de endereços de e-mail.
Alterando as senhas
E como o brasileiro gerencia suas senhas? Em média, 21% dos entrevistados só as mudaram após serem informados de uma violação em suas contas, enquanto 23% nunca as mudaram na vida.
Por outro lado, 25% dos usuários alteram suas senhas uma vez por ano, 14% o fazem a cada seis meses e apenas 17% alteram suas senhas a cada três meses ou com maior frequência.
Caso queira deixar suas contas mais bem protegidas com senhas fortes, o especialista da Avast dá algumas dicas:
- Sempre que possível, as senhas devem ter pelo menos 16 ou mais caracteres
- O ideal é incluir números e caracteres especiais
- Os dados não devem estar relacionados a você e nem ao serviço que está protegendo
- Vincule palavras aleatórias, tornando as senhas com pelo menos 16 caracteres mais fáceis de lembrar
- Usar um gerenciador de senhas é a melhor opção --uma solução que, infelizmente, apenas 2% dos brasileiros usam
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